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Guias e Dicas
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Revoltas do Período Regencial, Notas de estudo de História

- Revolta da cabanagem; - Balaiada; - Sabinada; - Revolta dos Malês; - Guerra dos Farrapos; - Massacre de Porongos e o fim do conflito.

Tipologia: Notas de estudo

2021

À venda por 13/08/2023

fernanda-sherly
fernanda-sherly 🇧🇷

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Baixe Revoltas do Período Regencial e outras Notas de estudo em PDF para História, somente na Docsity! Revoltas do Período Regencial 1 💥 Revoltas do Período Regencial Dom Pedro I havia abdicado em favor do seu filho que tinha apenas cinco anos. Por isso, foi instituída a regência para governar o país. várias províncias não estavam satisfeitas com o poder centralizado e desejavam ter mais autonomia. Algumas, inclusive, queriam separar-se do Império do Brasil. Revolta da Cabanagem a província do Grão-Pará tinha mais contato com Lisboa do que com o Rio de Janeiro. Por isso, foi uma das últimas a aceitar a independência, só fazendo parte do Império brasileiro em 1823. nome deste movimento é um termo pejorativo e se refere às habitações típicas da província, construídas como "cabanas" ou "palafitas". Principais causas: As disputas políticas e territoriais, motivadas pelas elites do Grão-Pará; as elites provinciais queriam tomar as decisões político-administrativas da província; descaso do governo regencial para com os habitantes do Grão-Pará; os cabanos queriam melhores condições de vida e trabalho. as referidas elites tomaram proveito da insatisfação popular para sublevar as populações contra o governo regencial. Desde a independência do Brasil, em 1822, as elites do Grão-Pará se ressentiam com a presença dos comerciantes portugueses na província. No governo de D. Pedro I, os proprietários e comerciantes estavam insatisfeito com o tratamento recebido por parte do governo central. Além disso, sofriam com a repressão do Governador Bernardo Lobo de Sousa desde 1833, que ordenou deportações e prisões arbitrárias para quem se opusesse a ele. Revoltas do Período Regencial 2 Assim, em agosto de 1835, os cabanos se amotinam, sob a liderança dos fazendeiros Félix Clemente Malcher e Francisco Vinagre, culminando na execução do Governador Bernardo Lobo de Sousa. Balaiada A Balaiada foi uma luta popular que sucedeu na província do Maranhão durante os anos de 1838 e 1841. A revolta surgiu como um levante social por melhores condições de vida e contou com a participação de vaqueiros, escravos e outros desfavorecidos. O nome dessa luta popular provém dos "balaios", nome dos cestos fabricados na região. Principais causas: ligada à pobreza da população da província maranhense, bem como sua insatisfação diante dos desmandos políticos dos grandes fazendeiros da região. Estes lutavam pela hegemonia política e não se importavam com a miséria da população, a qual ainda sofria com as injustiças e abuso de poder pelas autoridades. Aquela elite política estava dividida entre dois partidos: Bem-te-vis: liberais, que apoiaram indiretamente os balaios no início da revolta; Cabanos: conservadores, que estiveram contra aos balaios. Enquanto os dois partidos lutavam pelo poder na província, a crise econômica se agravou ainda mais pela concorrência do algodão norte-americano. Isso provocou uma situação insustentável entre as elites e a população carente. Apesar desta situação, os ruralistas instituíram a “Lei dos Prefeitos”. Ela permitia a nomeação de prefeitos pelo governador da província e causaram vários focos de revolta, dando início à Balaiada. Já sabemos que a Balaiada careceu de uma firme liderança. Contudo, algumas figuras se destacaram no levante, especialmente pela capacidade de empreender estratégias de guerrilha contra as forças imperiais. Um dos líderes de maior destaque foi também aquele que ascendeu o estopim da revolta da balaiada. Ao ter o irmão detido em Vila da Manga, o vaqueiro Raimundo Gomes e seus amigos atacaram a cadeia pública da vila. Libertaram todos os prisioneiros no dia 13 de dezembro de 1838, se apossando de um número Revoltas do Período Regencial 5 bloqueio terrestre e marítimo da cidade. Assim que foi sitiada, a emigração maciça da população de Salvador começou; em pouco tempo, houve escassez de alimentos. Consequências: Com a ajuda do exército e de milícias locais, as forças governamentais reconquistaram a cidade. A revolta foi duramente reprimida e deixou um saldo de aproximadamente duas mil mortes e três mil prisões. Os principais líderes do movimento foram condenados à pena de morte ou prisão perpétua e alguns foram de fato executados e degredados. Ainda houve quem conseguisse fugir e se juntar à Revolução Farroupilha. Revolta dos Malês Salvador, Província da Bahia, na noite de 24 de janeiro de 1835, durante o Brasil Império, mais precisamente durante o Período Regencial (1831 a 1840) representou uma rápida rebelião organizada pelos escravos de origem islâmica (sobretudo das etnias hauçá e nagô), os quais buscavam principalmente a liberdade religiosa, contudo foi reprimida pelas tropas imperiais. Contexto histórico: Em meados do século XIX, muitas revoltas ocorreram no país (Cabanagem, Sabinada, Balaiada, Farroupilha, Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates), decorrente do descontentamento de grande parte da população, donde os escravos envolvidos buscavam o fim do trabalho forçado, das humilhações, das torturas, das violências físicas e psicológicas, das péssimas condições de vida, dos abusos sexuais, e, consequentemente, almejavam o fim da escravidão no país (concedida pela Lei Áurea, em 1889). De tal modo, a insatisfação dos escravos se espalhou pela Bahia, tanto pelo sistema político e econômico (baseada na mão de obra escrava) que reinava no país, quanto pela liberdade religiosa, posto que que eram obrigados a participarem dos cultos católicos. Sem espanto, a revolta dos malês, representou a mobilização de cerca de 1.500 escravos africanos, os quais lutavam pela libertação dos negros de origem islâmica, ou seja, os escravos muçulmanos. Deste modo, contrariados com a imposição da religião católica, os “malês” (língua ioruba “imale”, que significa "muçulmano") se uniram com o intuito de defender e manter o patrimônio religioso, tal qual suas crenças, cultos, costumes etc. Revoltas do Período Regencial 6 Destarte, liderados por Pacífico Licutan, Manuel Calafate e Luís Sanim, a Revolta dos Malês ocorreu no centro de Salvador, iniciada pelo ataque dos malês ao Exército, que pretendiam libertar os escravos dos engenhos e tomar o poder. No entanto, durante a noite de 24 para 25 de janeiro, os malês, que foram delatados, participaram de uma emboscada, preparada pela polícia, o qual deixou muitos mortos, feridos e presos. Cerca de 200 escravos foram presos e julgados, e o resultado foi: pena de morte para os principais líderes do movimento; fuzilamentos, açoites e trabalhos forçados para o resto. Durante a revolta, os escravos devotos à religião islâmica, ocuparam as ruas com roupas islâmicas e amuletos contendo passagens do Alcorão, os quais acreditavam que estavam protegidos contra os ataques dos adversários. Um dos fatores determinantes para o fracasso da revolta foram as armas usadas pelos escravos, tal qual espadas, lanças, facas, porretes, dentre outros objetos cortantes, enquanto a polícia estava munida de armas de fogo. Vale destacar que os Malês, homens guerreiros, ousados e instruídos, tinham como principais objetivos libertar os escravos de origem islâmica, exterminar a religião católica e implantar uma república islâmica, de forma que tentaram tomar o poder, porém foram esmagados pelas forças do império. Não obstante, eles se organizavam para a realização de cultos à Alá, leituras do Alcorão, ensino da língua árabe, tudo sempre muito escondido, uma vez que eram reprimidos e obrigados a aceitar o Deus Católico. Ademais, muitos deles sabiam ler e escrever, qualidade rara naquele momento, em que somente os brancos tinham acesso ao conhecimento. Embora tenha sido reprimida rapidamente, após a Revolta dos Malês o receio do Império e dos fazendeiros donos dos escravos, aumentou consideravelmente, sendo que algumas medidas foram tomadas, desde a proibição de praticar seus cultos religiosos que não sejam católicos, bem como andar nas ruas durante a noite. Guerra dos Farrapos foi a mais longa rebelião do período regencial do Brasil. Ocorreu no Rio Grande do Sul e durou dez anos, de 1835 até 1845, época que compreende a regência de Feijó e o Segundo Reinado. O termo “farrapo” se referia aos trajes maltrapilhos que o exército rebelde usava. A revoltas foi mobilizada pelos grandes proprietários de terra do Rio Grande do Sul, insatisfeitos com os Revoltas do Período Regencial 7 altos impostos cobrados pelo governo imperial sobre seus produtos. Por isso viram na separação e na república uma forma de obter liberdade comercial e política. Os negros escravizados também foram recrutados para lutar, sob a promessa de liberdade, no caso de vitória na guerra contra o império. A Revolução Farroupilha se encerra com o Tratado de Poncho Verde, em 1º de março de 1845. Causas da Guerra dos Farrapos A Guerra dos Farrapos foi promovida pela classe dominante gaúcha. Constituída de estanceiros que eram os donos de grandes propriedades rurais, gado e negros escravizados. Indignados com os elevados impostos territoriais, além de altas taxas sobre as exportações de charque, couro e sebos. Os estanceiros protestavam, pois o charque gaúcho devia pagar 25% de impostos enquanto o uruguaio pagava somente 4% para ser vendido no Rio de Janeiro. Também havia um ressentimento contra o governo imperial que sempre recrutava homens e cavalos para as lutas com os territórios fronteiriços, mas pouco beneficiava a sociedade local. A revolução foi favorecida pelo caráter militarizado da sociedade rio-grandense, organizada em meio a lutas como a disputa pela Colônia do Sacramento, no século XVIII. Além disso, as ideias republicanas e federativas encontravam receptividade entre os rio-grandenses, estimulados pelas vizinhas repúblicas platinas. Agravando a situação, em 1835, o regente Feijó nomeou o moderado Antônio Rodrigues Fernandes Braga como presidente da província, o que não foi aceito pelos gaúchos. Na Assembleia Provincial, tornou-se cada vez mais viva a oposição ao presidente Fernandes Braga. Conflitos farroupilhas No dia 20 de setembro de 1835, uma revolta armada, com pouco mais de 200 cavaleiros se estabeleceu nos arredores da capital, Porto Alegre. Uma pequena força armada enviada para dispersar os rebeldes foi repelida e obrigada a regressar. Fernandes Braga fugiu para a vila de Rio Grande, instalando aí seu governo. No dia seguinte, o comandante da Guarda Nacional local, Bento Gonçalves, um dos líderes do movimento, entrava em Porto Alegre e, com o apoio da Assembleia Provincial, em 1836, proclamou a República do Piratini. Diante desta situação, o regente Feijó nomeou novo presidente para a província, José de Araújo Ribeiro, futuro visconde do Rio Grande. A guerra continuou e os
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