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Sistemas estruturais, pt.2, Notas de estudo de Engenharia Civil

NBR-15575-2-2013-Final Sistemas estruturais

Tipologia: Notas de estudo

2013

Compartilhado em 10/05/2013

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william-mueller-7 🇧🇷

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Baixe Sistemas estruturais, pt.2 e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity! ABNT NBR 15575-2_2013 Edificações habitacionais – Desempenho Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais Prefácio A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidade, laboratório e outros). Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15575-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de Estudos de Desempenho de Edificações (CE-02.136.01). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 28.09.2007 a 27.11.2007, com o número de Projeto 02:136.01-001/2. A ABNT NBR 15575, sob o título geral “Edificações habitacionais — Desempenho”, tem previsão de conter as seguintes partes:  Parte 1: Requisitos gerais;  Parte 2: Requisitos para os sistemas estruturais;  Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;  Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas;  Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas;  Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários. Esta versão da ABNT NBR 15575-2:2013 cancela e substitui as versões anteriores da ABNT NBR 15575-2. 1 Escopo 1.1 Esta parte da ABNT NBR 15575 estabelece os requisitos e critérios de desempenho que se aplicam ao sistema estrutural da edificação habitacional. 1.2 Esta Parte da ABNT NBR 15575 não se aplica a obras em andamento ou a edificações concluídas até a data da entrada em vigor desta Norma. Também não se aplica a obras de reformas nem de “retrofit” nem edificações provisórias. 1.3 Esta Parte da ABNT NBR 15575 é utilizada como um procedimento de avaliação do desempenho de sistemas construtivos. 1.4 Os requisitos estabelecidos nesta Parte da ABNT NBR15575 (Seções 4 a 17) são complementados pelos requisitos estabelecidos nas ABNT NBR 15575-1 a ABNT NBR15575-6. 1.6 Esta parte ABNT NBR 15575 estabelece critérios relativos ao desempenho térmico, acústico, lumínico e de segurança ao fogo, que devem ser atendidos individual e isoladamente pela própria natureza conflitante dos critérios de medições, por exemplo, desempenho acústico (janela fechada) versus desempenho de ventilação (janela aberta). 1.7 Requisitos aplicáveis somente para edificações de até cinco pavimentos serão especificados em suas respectivas seções. 2 Referências normativas Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5629, Execução de tirantes ancorados no terreno ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Procedimento ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações ABNT NBR 6122, Projeto e execução de fundações ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações ABNT NBR 7190, Projeto de estruturas de madeira ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento ABNT NBR 8800, Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios (método dos estados limites) ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 10837, Cálculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto ABNT NBR 11675, Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência a impactos ABNT NBR 11682, Estabilidade de taludes ABNT NBR 13532, Elaboração de projetos de edificações – Arquitetura ABNT NBR 14037, Manual de operação, uso e manutenção das edificações – Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação ABNT NBR 14718, Guarda-corpos para edificação ABNT NBR 14762, Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio – Procedimento ABNT NBR 15575-1, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 1: Requisitos gerais ABNT NBR 15575-3, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos; ABNT NBR 15575-4, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas ABNT NBR 15575-5, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas ABNT NBR 15575-6, Edificações Habitacionais - Desempenho – Parte 6: Requisitos para os sistemas hidrossanitários 3 Termos e definições Para os efeitos desta parte da ABNT NBR 15575, aplicam-se os termos e definições das ABNT NBR 15575-1 e ABNT NBR 8681, e as seguintes. 3.1 integridade estrutural capacidade da estrutura de evitar seu colapso progressivo na ocorrência de danificações localizadas 3.2 ruína característica do estado-limite último, por ruptura ou por perda de estabilidade ou por deformação excessiva 3.3 falha ocorrência que compromete o estado de utilização do sistema ou elemento. Essa ocorrência pode resultar de fissuração ou deslocamentos acima de limites aceitáveis, avarias no sistema ou no elemento estrutural ou nas interfaces com outros sistemas ou elementos 3.4 deformação variação da distância entre pontos de um corpo submetido a uma determinada tensão, com modificação de sua forma e volume primitivos 3.5 deslocamento afastamento entre a elástica e o eixo original de uma barra (ou plano original de uma placa) submetida a um carregamento estático ou dinâmico 3.6 flecha máximo afastamento entre a elástica e a posição primitiva de uma barra ou de uma placa submetida à flexão 3.7 fissura de componente estrutural seccionamento na superfície ou em toda seção transversal de um componente, com abertura capilar, provocado por tensões normais ou tangenciais. As fissuras podem ser classificadas como ativas (variação da abertura em função de movimentações higrotérmicas ou outras) ou passivas (abertura constante) 3.8 estado inaceitável de fissuração ocorrência de fissura isolada ou de fissuras múltiplas, ativas ou passivas, que repercutam em não atendimento a qualquer um dos critérios desta Norma 3.9 trinca expressão coloquial qualitativa aplicável a fissuras com abertura maior ou igual a 0,6 mm 3.10 mossa vestígio de pancada ou pressão 4 Exigências do usuário Ver ABNT NBR 15575-1. 5 Incumbência dos intervenientes Ver ABNT NBR 15575-1. 6 Avaliação do desempenho Ver ABNT NBR 15575-1. 7 Segurança estrutural 7.1 Requisitos gerais para a edificação habitacional Atender durante a sua vida útil de projeto, sob as diversas condições de exposição (ação do peso próprio, sobrecargas de utilização, atuações do vento e outros), aos seguintes requisitos gerais: a) não ruir ou perder a estabilidade de nenhuma de suas partes; b) prover segurança aos usuários sob ação de impactos, choques, vibrações e outras solicitações decorrentes da utilização normal da edificação, previsíveis na época do projeto; c) não provocar sensação de insegurança aos usuários pelas deformações de quaisquer elementos da edificação, admitindo-se tal exigência atendida caso as deformações se mantenham dentro dos limites estabelecidos nesta Norma; d) não repercutir em estados inaceitáveis de fissuração de vedação e acabamentos; e) não prejudicar a manobra normal de partes móveis, como portas e janelas, nem repercutir no funcionamento normal das instalações em face das deformações dos elementos estruturais; f) cumprir as disposições das ABNT NBR 5629, ABNT NBR 11682 e ABNT NBR 6122 relativamente às interações com o solo e com o entorno da edificação. 7.2 Requisito – Estabilidade e resistência do sistema estrutural e demais elementos com função estrutural Apresentar um nível específico de segurança contra a ruína, considerando-se as combinações de carregamento de maior probabilidade de ocorrência, ou seja, aquelas que se referem ao estado-limite último. Elementos com função de vedação (paredes e divisórias, não estruturais) devem ter capacidade de transmitir à estrutura seu peso próprio e os esforços externos que sobre eles diretamente venham atuar, decorrentes de sua utilização. Paredes em painéis com juntas flexíveis, divisórias leves, gesso acartonado Com aberturas 2) L/1 050 L/1 700 L/730 L/330 Sem aberturas L/850 L/1 400 L/600 L/300 Pisos Constituídos e/ou revestidos com material rígido L/700 L/1 500 L/530 L/320 Constituídos e/ou revestidos com material flexível L/750 L/1 200 L/520 L/280 Forros Constituídos e/ou revestidos com material rígido L/600 L/1 700 L/480 L/300 Forros falsos e/ou revestidos com material flexível L/560 L/1 600 L/450 L/260 Laje de cobertura impermeabilizada, com inclinação i  2% L/850 L/1 400 L/600 L/320 Vigas calha com inclinação i > 2% L/750 - - L/300 L é o vão teórico 1) Para vigas e lajes em balanço, admitem-se deslocamentos correspondentes a 1,5 vez os respectivos valores indicados. 2) No caso do emprego de dispositivos e detalhes construtivos que absorvam as tensões concentradas no contorno das aberturas das portas e janelas, as paredes podem ser consideradas "sem aberturas". 3) Para a verificação dos deslocamentos na flecha final, reduzir a rigidez dos elementos analisados pela metade. 7.3.2 Método de avaliação Atendimento aos valores das Normas Brasileiras específicas ou das Tabelas 1 ou 2. Caso estes valores não sejam atendidos, proceder à análise do projeto, cumprindo o estabelecido em 7.3.2.1 ou 7.3.2.2. 7.3.2.1 Cálculos A análise do projeto dos componentes estruturais da edificação habitacional deve ser feita com base nas ABNT NBR 6118, ABNT NBR 6120, ABNT NBR 6123, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8681, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837 e ABNT NBR 14762, em função do tipo de estrutura. Devem ser consideradas as cargas permanentes acidentais devidas ao vento e a deformações específicas, conforme a ABNT NBR 8681. Nos casos mais gerais, na análise das deformações podem ser consideradas apenas as ações permanentes e acidentais (sobrecargas) características, tomando-se para g o valor 1,0 e para q o valor 0,7. Sd = Sgk + 0,7 Sqk Na avaliação dos deslocamentos, cujos limites são apresentados nas Normas Brasileiras de projeto estrutural ou na Tabela 1, devem ser levadas em conta as deformações imediatas e as diferidas no tempo. Para o caso de estruturas de concreto ou argamassa armada, compósitos reforçados com fibras ou materiais semelhantes, devem ser levados em conta os efeitos de diminuição da rigidez com a ocorrência da fissuração. 7.3.2.2 Ensaios Quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e componentes que constituem o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for conhecida e consolidada por experimentação, ou não existir norma técnica, permite-se, para os fins desta Norma, desde que aplicado a edifícios habitacionais de até cinco pavimentos, estabelecer uma modelagem matemática do comportamento conjunto para as deformações de serviço através de ensaios destrutivos e do traçado do correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B. Os elementos estruturais devem ser ensaiados nas condições de solicitação a que se pretende submetê-los na edificação, traçando o gráfico: carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B, de forma a serem caracterizados em cada ensaio pelo deslocamento que primeiro estabelecer uma falha. 7.3.3 Nível de desempenho O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M). 7.4 Requisito: Impactos de corpo mole e corpo duro Não sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto indicadas nas Tabelas 3 a 5. São dispensadas da verificação deste requisito as estruturas projetadas conforme as ABNT NBR 6118, ABNT NBR 7190, ABNT NBR 8800, ABNT NBR 9062, ABNT NBR 10837, ABNT NBR 14762, respeitado o descrito em 7.2.2.1. NOTA 1 A resistência aos impactos de corpo mole e duro, que podem ser produzidos durante a utilização da edificação habitacional traduz-se na resistência à energia de impacto a ser aplicada em componentes estruturais responsáveis pela segurança da edificação. NOTA 2 No que se refere ao estado-limite de serviço e à resistência superficial, os impactos são menos rigorosos. 7.4.1 Critérios e níveis de desempenho para resistência a impactos de corpo mole Sob ação de impactos de corpo mole, os componentes da estrutura: a) não devem sofrer ruptura ou instabilidade sob as energias de impacto estabelecidas nas Tabelas 3 a 5, sendo tolerada a ocorrência de fissuras, escamações, delaminações e outros danos em impactos de segurança, respeitados os limites para deformações instantâneas e residuais dos componentes. b) não podem causar danos a outros componentes acoplados aos componentes sob ensaio. As limitações de deslocamentos instantâneos (dh ou dv) e residuais (dhr ou dvr), sendo que h se refere ao deslocamento horizontal e v se refere ao deslocamento vertical, para o nível mínimo de são apresentados nas Tabelas 3 a 5. Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, são recomendados os valores constantes no Anexo E para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S). Tabela 3 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados na fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público – Impacto de corpo mole na face externa, ou seja, de fora para dentro Energia de impacto de corpo mole J Critério de desempenho 720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 240 Não ocorrência de falhas Limitação do deslocamento horizontal: dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga 180 Não ocorrência de falhas 120 Não ocorrência de falhas Tabela 4 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados no interior da edificação e na fachada – Impacto de corpo mole aplicado na face interna, ou seja, de dentro para fora Energia de impacto de corpo mole J Critério de desempenho 360 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 240 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 180 Não ocorrência de falhas 120 Não ocorrência de falhas Limitação do deslocamento horizontal: dh < h/250 e dhr < h/1 250 para pilares, sendo h a altura do pilar dh < L/200 e dhr < L/1 000 para vigas, sendo L o vão teórico da viga Tabela 5 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo mole em pisos Energia de impacto de corpo mole J Critério de desempenho 720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras) 360 Não ocorrência de falhas 240 Não ocorrência de falhas Limitação de deslocamento vertical dv < L/300; dvr < L/900 120 Não ocorrência de falhas 7.4.1.1 Método de avaliação 7.4.1.1.1 Verificações As verificações da resistência e deslocamento dos elementos estruturais devem ser feitas por meio de ensaios de impacto de corpo mole, realizados em laboratório ou em protótipo ou obra, devendo o corpo-de-prova representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio/vinculações, conforme método de ensaio indicado no Anexo C. 7.4.1.1.2 Componentes específicos Para cada situação ou localização dos elementos deve-se considerar, quando ensaiados, as seguintes especificidades adicionais: a) os elementos estruturais localizados na fachada da edificação, em exteriores acessíveis ao público, devem ser submetidos a um impacto para cada uma das energias especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J e 480J (níveis M, I ou S); b) os elementos estruturais localizados no interior da edificação e na fachada devem ser submetidos a um impacto para cada uma das energias especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J e 480 J (níveis M, I ou S); c) os elementos estruturais de piso devem ser submetidos a um impacto para cada uma das energias especificadas, ou seja, 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J e 720J (nível M); 120 J, 180 J, 240 J, 360 J, 480 J, 720 J e 960 J (níveis I ou S); 14.1.3 Premissas de projeto O projeto deve mencionar as normas aplicáveis, as condições ambientais vigentes na época do projeto e a utilização prevista da edificação. 14.1.4 Nível de desempenho O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M). 14.2 Requisito – Manutenção do sistema estrutural A fim de que seja alcançada a Vida Útil de Projeto (VUP) para a estrutura e seus elementos, conforme ABNT NBR 15575-1, devem ser previstas e realizadas manutenções preventivas sistemáticas e, sempre que necessário, manutenções com caráter corretivo. Estas últimas devem ser realizadas assim que o problema se manifestar, impedindo que pequenas falhas progridam às vezes rapidamente para extensas patologias. As manutenções devem ser realizadas obedecendo-se ao manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo incorporador ou construtora e às boas práticas, de acordo com a ABNT NBR 5674. 14.2.1 Critério – Manual de operação, uso e manutenção do sistema estrutural O manual de operação, uso e manutenção do sistema estrutural deve prever: a) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização inadequada (sobrecargas não previstas no projeto estrutural, abertura de vãos de portas ou janelas em paredes estruturais, ampliações verticais não previstas, perfuração de peças estruturais para passagem de dutos e outros); b) periodicidade, forma de realização e forma de registro das inspeções prediais; c) periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções; e d) técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos os materiais necessários para as diferentes modalidades de manutenção. 14.2.2 Método de avaliação Verificação do atendimento às diretrizes das ABNT NBR 5674, ABNT 15575-1 e ABNT NBR 14037 constantes no manual de operação, uso e manutenção das edificações. NOTA Esta análise pode levar em consideração as instruções constantes no Anexo D da Parte 1 desta Norma. 14.2.3 Nível de desempenho O cumprimento dos requisitos estabelecidos corresponde ao nível de desempenho mínimo (M). 15 Saúde, higiene e qualidade do ar Ver ABNT NBR 15575-1. 16 Funcionalidade e acessibilidade Ver ABNT NBR 15575-1. 17 Conforto táctil e antropodinâmico Ver ABNT NBR 15575-1. 18 Adequação ambiental Ver ABNT NBR 15575-1. Anexo A (normativo) Modelagem matemática do comportamento conjunto para a resistência mínima de projeto A.1 Princípio Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento conforme indicado na Figura A.1. Figura A.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e RSd por meio de ensaios A.2 Diretrizes Estabelecer a resistência mínima de projeto para os sistemas estruturais ou componentes em que não há Norma Brasileira de projeto de sistemas que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada por experimentação. A.3 Aparelhagem Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda a história do carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados. A.4 Preparação dos corpos-de-prova A.4.1 Confeccionar os elementos estruturais com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais do processo construtivo a ser adotado no canteiro de obras. A.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:  30 t 1 cm onde: t é igual à menor dimensão do elemento estrutural (normalmente a espessura). A.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência que os caracteriza individualmente, podem ser obtidos com a realização dos ensaios, examinando-se minuciosamente o comportamento de ruptura do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais individuais. Anexo B (normativo) Modelagem matemática do comportamento conjunto para as deformações de serviço B.1 Princípio Ensaios destrutivos, com traçado de diagramas de carga x deslocamento, e registros da história do carregamento, conforme indicado na Figura B.1. Figura B.1 – Gráfico carga x deslocamento para determinação de Rud e Rsd por meio de ensaios B.2 Diretrizes Estabelecer a resistência para a deformação de trabalho para os casos em que não há Norma Brasileira de projeto de sistemas e que não possuem modelagem matemática conhecida e consolidada por experimentação. B.3 Aparelhagem Devem ser empregados instrumentos que forneçam medição de centésimos de milímetro e que registrem toda a história de carregamento, principalmente a situação dos pontos e regiões mais solicitados. B.4 Preparação dos corpos-de-prova B.4.1 Confeccionar os componentes com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo construtivo a ser adotado no canteiro de obras. B.4.2 Para elementos estruturais comprimidos, as cargas devem ser aplicadas com excentricidade:  30 t 1 cm onde: t é igual à menor dimensão do elemento estrutural (normalmente a espessura). B.4.3 A caracterização dos constituintes A, B, C etc. e o tipo de resistência para a deformação que os caracteriza individualmente podem ser obtidos com a própria realização dos ensaios, examinando-se minuciosamente o comportamento de ruptura do conjunto e sua dependência do comportamento dos materiais individuais. B.5 Procedimento B.5.1 Conduzir o ensaio com pelo menos dez etapas de carregamento, com repetição para três modelos geométricos idênticos e em escala real. B.5.2 Caracterizar os componentes pelas resistências Rs1, Rs2 e Rs3 , resultados das resistências últimas observadas nos ensaios B.5.3 Ensaiar conforme as condições de solicitação a que se pretende submeter os sistemas na edificação. B.5.4 Ordenar as resistências em ordem crescente conforme indicado na Figura 1. B.6 Expressão dos resultados B.6.1 Resistência de serviço A resistência de projeto, com o seu valor já minorado, deve ser :   1s s1s3 1sds Rξ2,01.ξ 2 RR RR         (8) sendo: ξ= [(1+sA).(1+sB).(1+sC)...] (9) onde: sA igual ao coeficiente de variação da resistência do material A, correlativa a RSd; sB igual ao coeficiente de variação da resistência do material B, correlativa a RSd; sC igual ao coeficiente de variação da resistência do material C, correlativa a RSd. B.6.2 Casos particulares Para edificações térreas, onde não seja possível, por motivos técnicos ou de viabilidade econômica, o controle sistemático dos materiais A, B, C etc., permite-se prescindir da obtenção estatística de sA, sB, sC etc., desde que se venha a fixar ξ = 1,5. B.6.3 Comprovação Os materiais A, B, C etc. devem constituir e reger, de forma majoritária, o comportamento mecânico do componente em análise na composição da resistência RSd. Desta forma deve-se comprovar a condição: Sd ≤ Rsd com Sd determinado conforme a ABNT NBR 8681. B.6.4 Validade Para conservar válida a expressão de RSd, as resistências médias dos materiais A, B, C etc. devem estar caracterizadas para o ensaio, garantindo-se ainda a homogeneidade do processo de produção dos elementos estruturais, de forma que estas médias sejam mantidas. B.6.5 Estatísticas B.6.5.1 A resistência característica assumida para componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas específicas, deve ser tomada como a correspondente ao quantil inferior de 5 %, ou seja, 95 % dos componentes devem apresentar para as propriedades escolhidas como representativas um valor igual ou acima do característico. B.6.5.2 Na resistência de cálculo dos componentes de ligação e ancoragens, quando não existirem normas específicas, deve ser considerado um coeficiente de minoração com base na variabilidade dos resultados de ensaios; este coeficiente, contudo, não deve ser inferior a 2. B.7 Relatório de ensaio O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação do fornecedor; c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova; d) desenho do ensaio tipo e sua geometria; e) caracterização dos constituintes; f) data do recebimento da amostra; g) gráficos de carga x deslocamento; h) deslocamentos i) resistências de serviço; j) nível de desempenho k) data do ensaio; l) referência a esta Norma; m) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios. Anexo D (normativo) Ensaio de impacto de corpo duro D.1 Princípio Corpo com massa e forma conhecidas, abandonado de altura estabelecida, em queda livre, que, ao atingir o componente, provoca indentação (depressão) verificável. D.2 Diretrizes Verificar a indentação proveniente do impacto de corpo duro sobre elementos estruturais ou componentes. D.3 Aparelhagem Para a realização deste ensaio deve ser empregada a seguinte aparelhagem: a) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 1 kg; b) corpo percussor de impacto – esfera de aço maciça com massa de 0,5 kg; c) paquímetros com resolução de 0,1 mm. D.4 Preparação dos corpos-de-prova Confeccionar os elementos com os mesmos materiais, procedimentos e controles normais ao processo. D.5 Procedimento D.5.1 Aplicar os impactos por meio de esferas de aço maciças, abandonadas em queda livre, registrando-se as profundidades das mossas e os eventuais danos ocorridos. D.5.2 Para cada energia especificada são aplicados dez impactos, em pontos ou seções representativas do elemento (seções enfraquecidas etc.). D.5.3 As condições de ensaio relativas às massas do corpo duro (m), alturas de queda (h) e energias de impacto (E) estão apresentadas na Tabela D.1. Tabela D.1 — Massa de corpo duro, altura e energia do impacto Impacto m kg h m E J Aplicar 10 impactos de corpo duro de grandes dimensões (esfera de aço) para cada energia 1 1 1 1,00 2,00 3,00 10 20 30 Aplicar 10 impactos de corpo duro de pequenas dimensões (esfera de aço) para cada energia 0,5 0,5 0,5 0,50 0,75 1,00 2,5 3,75 5 D.6 Expressão dos resultados Medição das profundidades das mossas, em milímetros, incluindo observação visual das falhas, fissuras, destacamentos e ruínas. D.7 Relatório de ensaio O relatório do ensaio deve conter no mínimo as seguintes informações: a) identificação do solicitante; b) identificação do fornecedor; c) identificação da amostra e de todos os corpos-de-prova; d) desenho do ensaio tipo e sua geometria; e) caracterização dos constituintes; f) data do recebimento da amostra; g) profundidades das mossas; h) análise visual; i) fotos; j) destacamentos, desagregação, fissuras; k) nível de desempenho; l) data do ensaio; m) referência a esta Norma; n) registros sobre eventos não previstos no decorrer dos ensaios. Anexo E (normativo) Níveis de desempenho E.1 Generalidades E.1.1 Este anexo estabelece os níveis mínimos (M) de desempenho para cada requisito, que devem ser atendidos. E.1.2 Considerando a possibilidade de melhoria da qualidade da edificação, com uma análise de valor da relação custo/benefício dos sistemas, neste anexo são indicados os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S) e repetido o nível M para facilitar a comparação. E.1.3 Recomenda-se que o construtor ou incorporador informe o nível de desempenho dos sistemas que compõem a edificação habitacional, quando exceder o nível mínimo (M). E.2 Impacto de corpo mole As Tabelas E.1 a E.3 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos em ensaios de impacto de corpo mole, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S). Energia de impacto de corpo mole J Critério de desempenho Nível de desempenho M I S 960 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)   720 Não ocorrência de ruína Não ocorrência de falhas  720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)   480 Não ocorrência de ruína Não ocorrência de falhas   480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)  360 Não ocorrência de falhas Limitação de deslocamento vertical dv < L/300; dvr < L/900   360 Não ocorrência de falhas  240 Não ocorrência de falhas Limitação de deslocamento vertical dv < L/300; dvr < L/900    120 Não ocorrência de falhas    E.3 Impacto de corpo duro As Tabelas E.4 a E.6 apresentam os critérios de desempenho recomendados para os resultados máximos obtidos em ensaios de impacto de corpo duro, para os níveis de desempenho intermediário (I) e superior (S). Tabela E.4 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro na face externa de elementos estruturais localizados na fachada da edificação e nas faces externas acessíveis ao público Energia de impacto a) de corpo duro J Critério de desempenho Nível de desempenho 3,75 Não ocorrência de falhas Mossas com qualquer profundidade M 20 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 3,75 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  5 mm I 20 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 3,75 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  2 mm S 20 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações a) Sentido do impacto de fora para dentro. Tabela E.5 — Critérios e níveis de desempenho para elementos estruturais localizados no interior da edificação e na fachada Energia de impacto a) de corpo duro J Critério de desempenho Nível de desempenho 2,5 Não ocorrência de falhas Mossas com qualquer profundidade M 10 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 2,5 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  5 mm I 10 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 2,5 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  2 mm S 10 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações a) Sentido do impacto de dentro para fora, aplicado na face interna. Tabela E.6 — Critérios e níveis de desempenho para impacto de corpo duro em pisos Energia de impacto de corpo duro J Critério de desempenho Nível de desempenho 5 Não ocorrência de falhas Mossas com qualquer profundidade M 30 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 5 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  5 mm I 30 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações 5 Não ocorrência de falhas Profundidade da mossa: p  2 mm S 30 Não ocorrência de ruína e traspassamento Admitidas falhas superficiais como mossas, fissuras e desagregações
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