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Sociologia e as sociedades2, Notas de aula de Sociologia

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Tipologia: Notas de aula

2021

Compartilhado em 12/02/2021

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Baixe Sociologia e as sociedades2 e outras Notas de aula em PDF para Sociologia, somente na Docsity! UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO Faculdade de Economia Trabalho ivestigativo de sociologia As teorias contemporâneas da Organização do trabalho Luanda, 2019 UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO Faculdade de Economia As teorias contemporâneas da Organização do trabalho Discentes: Amarildo Gomes Diva Cláudio Miguel Nascimento Chitumba Pedro Massocolo Docente Teodora Leite 1. Organização do trabalho organização do trabalho visa alcançar dois objetivos: a qualidade e a administração do tempo e de pessoal. Esses objetivos são traçados devido a muitas empresas terem de realizar um mesmo trabalho mais de uma vez e de produzir a altos custos, fatos que ocorrem pela falta de organização do trabalho dos seus funcionários e foi desde há muitos anos estudada por cientistas da sociologia como da Administração. 1.1 Administração Científica A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na aplicação do método científico na organização do trabalho com o intuito de garantir o melhor custo/benefício aos sistemas produtivos. Com ênfase nas tarefas, buscava a racionalização do trabalho no nível operacional, ou seja, o foco era no empregado. Apesar de apresentar como vantagens a produtividade e a eficiência, não levava em consideração as necessidades sociais dos funcionários. Taylor procurava uma forma de elevar o nível de produtividade conseguindo que o trabalhador produzisse mais em menos tempo sem elevar os custos de produção. Assim, ele observou que os sistemas administrativos da época eram falhos. A falta de padronização dos métodos de trabalho, o desconhecimento por parte dos administradores do trabalho dos operários e a forma de remuneração utilizada foram as principais falhas estudadas por Taylor. Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta forma, ele teria um incentivo para produzir mais. 1.1.1 Princípios da Administração Científica Princípio de planejamento – substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos. Princípio de preparo dos trabalhadores – selecionar os operários de acordo com as suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor para que atinjam a meta estabelecida. Princípio de controle – controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta. Princípio da execução – distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível. 1.2 A teoria burocrática Com ênfase na estrutura, tinha como objetivo a racionalidade organizacional e a organização formal (baseada em regras e normas). Focava na organização inteira. Apresentava muita rigidez e lentidão, apesar de ter como vantagens a consistência e a eficiência. A teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. Estudos apontam que os primeiros traços de burocracia tenham surgido ainda na antiguidade, com os códigos de conduta e normatização de comportamento entre estado e população. No entanto, para Weber, a burocracia como a conhecemos tem suas origens vinculadas às alterações religiosas ocorridas após o Renascimento. Max Weber verificou que o sistema produtivo moderno, tipicamente racional e capitalista, teve como embrião o conjunto de normas morais da chamada “ética protestante”, que pregava o culto ao trabalho duro, poupança e aplicação de excedentes de produção. O grande crescimento pelo qual passaram as organizações do período de Weber fez com que a Teoria Clássica e a das Relações Humanas não fossem mais capazes de suprir suas necessidades. Era imperioso que algo fornecesse mais formalidade, impessoalidade e eficiência ao processo. 1.3 Teoria Clássica Também apresentava ênfase na estrutura. No entanto, o foco estava no gerente (visão de cima para baixo). Defendia o planejamento como uma das funções principais do administrador, o qual teve a profissionalização de seu papel como gerente. A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do Homem Econômico e pela busca da máxima eficiência. Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Paralelamente aos estudos de Frederick Winslow Taylor, Henri Fayol defendia princípios semelhantes na Europa, baseado em sua experiência na alta administração. O atraso na difusão generalizada das ideias de Fayol fez com que grandes contribuintes do pensamento administrativo desconhecessem seus princípios Princípios Básicos. Fayol relacionou princípios básicos que podem ser estudados de forma complementar aos de Taylor: Divisão do trabalho é a especialização dos funcionários desde o topo da hierarquia até os operários da fábrica, assim, favorecendo a eficiência da produção aumentando a produtividade. Autoridade e responsabilidade Autoridade é o direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. Unidade de comando Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens. Unidade de direção o controle único é possibilitado com a aplicação de um plano para grupo de atividades com os mesmos objetivos. Disciplina necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização. Prevalência dos interesses gerais os interesses gerais da organização devem prevalecer sobre os interesses individuais. Remuneração Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos funcionários e da própria organização. Centralização as atividades vitais da organização e sua autoridade devem ser centralizadas. Hierarquia defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa. Ordem deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar. Equidade a justiça deve prevalecer em toda organização, justificando a lealdade e a devoção de cada funcionário à empresa. Estabilidade dos funcionários uma rotatividade alta tem conseqüências negativas sobre desempenho da empresa e o moral dos funcionários. Iniciativa deve ser entendida como a capacidade de estabelecer um plano e cumpri-lo. Espírito de equipe o trabalho deve ser conjunto, facilitado pela comunicação dentro da equipe. Os integrantes de um mesmo grupo precisam ter consciência de classe, para que defendam seus propósitos. 1.6 Teoria Comportamental Enfatiza nas pessoas. Apresenta um enfoque behavorista. Apesar dela ser decorrente da Teoria das Relações Humanas, ela oferece uma visão do comportamento inserido no contexto organizacional. Como vimos no post anterior sobre a Teoria das Relações Humanas, o enfoque nas relações humanas e comportamentais da Administração surgiram como críticas importantes ao enfoque excessivo dado às tarefas e à estrutura organizacional, proposto pela Teoria Clássica. Pode-se dizer que a Teoria Comportamental teve início em 1947, com o surgimento do livro “Teoria Comportamental na administração: O Comportamento Administrativo”, de Herbert A. Simon, o qual constituiu um ataque aos princípios da Teoria Clássica e à aceitação – com os devidos reparos e correções – das principais idéias da Teoria das Relações Humanas. As principais características da Teoria Comportamental são: A grande ênfase nas pessoas, a preocupação com o comportamento organizacional e os processo de trabalho e o estudo do comportamento humano. Abraham H. Maslow foi um dos maiores especialistas em motivação humana, apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de importância e de influenciação. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de autorealização). Vejamos o detalhamento destas necessidades: Necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades sociais, necessidades de estima e realizações pessoais. 1.7 Teoria Contingencial Enfatisa o ambiente e a tecnologia. Defende tanto que não há uma melhor maneira de organizar, como também que uma forma de organizar pode não ser eficaz da mesma forma em todas as situações. que existe uma relação funcional entre as condições do ambiente e as técnicas administrativas apropriadas para o alcance eficaz dos objetivos da organização. As variáveis ambientais são variáveis independentes, enquanto as técnicas administrativas são variáveis dependentes dentro de uma relação funcional. Na realidade, não existe uma causalidade direta entre essas variáveis independentes e dependentes, pois o ambiente não causa a ocorrência de técnicas administrativas. Em vez de relação de causa e efeito entre as variáveis do ambiente (independentes) e as variáveis administrativas (dependentes), existe uma relação funcional entre elas. Essa relação funcional é do tipo "se então" e pode levar a um alcance eficaz dos objetivos da organização. A relação funcional entre as variáveis independentes e dependentes não implica que haja uma relação de causa e efeito, pois a gestão é ativa e não passivamente dependente na prática da gestão contingencial. O reconhecimento, diagnóstico e adaptação à situação são certamente importantes, porém, eles não são suficientes. As relações funcionais entre as condições ambientais e as práticas administrativas devem ser constantemente identificadas e especificadas. Segundo Chiavenato (2004, p. 22), "as empresas bem sucedidas são aquelas que conseguem adaptar-se adequadamente às demandas ambientais." As características das organizações dependem das características do ambiente que estão inseridas. Nesse sentido, o ambiente molda as organizações. A teoria contingencial aponta as variáveis tecnologia e ambiência como os fatores preponderantes e responsáveis pelas alterações verificadas na estrutura das organizações, além de antecipar quais as principais mudanças que se verificarão na organização em função do comportamento das variáveis ambientais. Assim, a evolução do enfoque sistêmico não se situou somente na análise de interdependência, mas avançou a sua contribuição para a dimensão mais ampla da globalidade das transações da organização com sua ambiência externa. A conquista gradual das dimensões externas, ou seja, a percepção da ambiência, é a melhor categoria para se estudar a evolução e a visão contemporânea do modelo sistêmico. A partir dos aspectos conceituais de interdependência e limites definidos, a visão sistêmica evoluiu da concepção de administração como sistema estático para uma concepção de sistema dinâmico, até chegar ao que se poderia chamar, hoje, de sistema globalístico contingencial. Conforme exposto no quadro 2, o sistema estático caracteriza-se pela diminuta percepção da ambiência externa, como também pela visão estável e fechada do sistema organizacional. As transações ambientais são menos enfatizadas que a interdependência interna dos subsistemas, sendo percebidas basicamente por meio da ambiência do produto/serviço e seu mercado e do ambiente sociopsicológico do trabalho. O sistema dinâmico caracterizase pela concepção mais aberta do sistema organizacional, ampliando a análise de interdependência a fatores externos de adaptação e sobrevivência orbanizacional, incorporando os aspectos competitivos produto/serviço e ambiência tecnológica e econômica. O sistema globalístico contingencial busca a percepção total da interface organização-ambiente, incluindo a dimensão social, os aspectos empreendedores da organização, por meio de sua influência externa e, principalmente, da transitoriedade das ligações com a ambiência externa. Conclusão É importante ressaltar que a observação e avaliação constante da realidade da empresa é fundamental para o aprimoramento de sua gestão, assim como para o sucesso da mesma. Pois com isso fica mais fácil saber onde se está e principalmente aonde se quer chegar, para que quer chegar e como é mais fácil chegar...e compreender a relação Colaborador x Empresa, Empresa x Empresa e Empresa x Sociedade, com o cuidado das conseqüências de suas decisões, é fundamental para a construção de uma realidade mais igual, justo e com mais oportunidades. Concluimos que a empresa de hoje, precisa adotar uma estrutura de gestão flexível, para que haja respostas imediatas às necessidades e desejos dos clientes, ou seja, a empresa precisa se estruturar de forma que a qualquer momento ela esteja apta a mudar, ou se adaptar. Mas para que isso aconteça, é necessário que as pessoas que fazem parte desta organização,possam e tenham condições de continuamente aprenderem, seja sobre o mercado, a empresa, sua profissão ou sobre elas mesmas, para assim adquirirem a capacidade de se auto-gerenciarem (tendência mundial na gestão das empresas), tornando-se responsáveis pelo desenvolvimento da empresa em que trabalham e a sua própria realização.
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