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Guias e Dicas
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Marx e a Educação: O Papel da Escola na Sociedade Moderna, Trabalhos de Literatura

Uma análise crítica do texto 'o conteúdo do ensino' de mario alighiero manacorda, que aborda as ideias pedagógicas de marx. A discussão aborda a relação entre os problemas sociais e a educação, e a importância da educação na formação de cidadãos justos e humanos. O texto também explora as implicações da mercantilização do ensino e o papel do estado na educação.

Tipologia: Trabalhos

2010

Compartilhado em 15/09/2010

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jessica-castro-11 🇧🇷

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Baixe Marx e a Educação: O Papel da Escola na Sociedade Moderna e outras Trabalhos em PDF para Literatura, somente na Docsity! UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CURSO DE LETRAS DISCIPLINA: FUNDAMENTOS SÓCIO-HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO PERÍODO: 2010.1 RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: “ESCOLA E SOCIEDADE: O CONTEÚDO DO ENSINO”, DE MARIO ALIGHIERO MANACORDA. Aluna: Jéssica Ferreira de Castro Fernandes Professora: Marília Domingos João Pessoa 2010 JÉSSICA FERREIRA DE CASTRO FERNANDES RESUMO CRÍTICO DO TEXTO: “ESCOLA E SOCIEDADE: O CONTEÚDO DO ENSINO”, DE MARIO ALIGHIERO MANACORDA. Este trabalho aborda os pensamentos de Marx com o ensino da sociedade moderna. Professora: Marília Domingos João Pessoa 2010 INTRODUÇÃO Este trabalho é um resumo crítico do texto de Mario Alighiero Manacorda que aborda as idéias pedagógicas de Marx. Um assunto até agradável, porém um texto de uma leitura complicada porque não sabemos exatamente o que o autor está querendo dizer, hora parece que Marx é defensor de uma idéia, outra parece ser oposto, em certos trechos parece haver contradições. Mas conforme a minha compreensão tentei com minhas palavras explicar o texto, começando com a seguinte pergunta: - Os problemas sociais é consequência da educação, ou a educação é consequência dos problemas sociais? trabalho segundo as diferentes idades, pois Marx era contra a exploração do trabalho infantil. Porém eu sou totalmente contra o trabalho infantil independente da redução de horas conforme a idade, pois sabemos que o único interesse era enricar de todas as formas aos donos das fábricas, impedindo portanto que essas crianças pudessem chegar a ser futuros donos de fábricas, pois que futuro podia esperar dessas crianças que tinham que trabalhar para ajudar na renda em casa? E isso é revoltando, porque não é de hoje que o poder se concentra nas mãos da minoria, tendo que a grande maioria se submeter à minoria, se humilhando para conseguir um salário miserável, e feliz do que ainda conseguir. Mas o pior é que ninguém fazia nada, pois quem tava preocupado com o pobre miserável que aos olhos dos patrões não passavam de miseres animais famintos fáceis de serem substituídos? Por isso desde muito cedo não era interessante que os filhos dessa classe desfavorecida tivessem uma educação digna em instituições adequadas. E nessa sociedade injusta a única coisa que podia ser feito era a redução das horas de trabalho. Mas o que me deixar mais indignada, é ter consciência de que isso ainda acontece nos dias de hoje, quando as crianças têm que abandonar a escola para trabalhar para ajudar a família, porque o sistema não deu oportunidade aos pais dessas crianças de terem uma vida digna para darem todo suporte de estudo aos filhos. Todavia não devia eu me surpreender, pois isso vem de geração, o que me deixar indignada hoje é apenas conseqüência da sociedade antiga, essas crianças que Marx cita, talvez sejam os bisavós de muitos pais de família que incentivam seus filhos a trabalharem invés de estudarem, para poder ajudar no sustento da família. A sociedade não se adéqua a ninguém; o indivíduo é que tem que buscar se adaptar a sociedade. É a luta pela sobrevivência segundo Weber, “você tem pouco porque eu tenho muito”. Sendo assim, entendo que o papel da escola nunca foi formar cidadãos pensantes e livres, pois a sociedade sempre ditou as regras e ela não acolhe a todos, acolhe apenas aos mais bem preparados e isso vemos claramente quando disputamos uma vaga na universidade, no emprego e etc. Marx fala que “não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas ao contrário, é seu ser social que determina sua consciência”. Apesar disso ser deplorável, é a realidade. E eu me pergunto; o ser humano é mau porque nasce com essa natureza, ou por que o meio em que está inserido o torna mau e egoísta? O sistema diz que roubar é errado, mas se eu tenho fome e não tenho dinheiro porque não tenho emprego? Roubo para comer por que sou mau? Ou a sociedade não me mostra outra solução? A verdade do meu ponto de vista é que ninguém ta preocupado com ninguém, acredito que o homem não seja mau por natureza, porém seja egoísta, e por isso não é capaz de pensar no próximo, antes olha para o seu próprio umbigo, invés de olhar para os lados. E a prova disso se dá quando estamos na disputa por uma vaga de emprego: não paramos para pensar se o nosso concorrente precisa mais que nós, só queremos nos dá bem e sair beneficiados. Então volto a dizer que a escola não forma mentes independentes capazes de transformar o meio em que está inserida, mas o meio (sociedade) interfere na formação do indivíduo. E isto é notório quando chegamos ao ensino médio que começa a cair sobre nós àquela pressão de aprovação no vestibular. E você pode se perguntar: por que aprovar no vestibular? Por que ter uma profissão? Porque na luta pela sobrevivência somente os mais bem preparados se dão bem. A respeito do ensino estatal sob o controle do governo, na minha leitura ao texto, Marx parece ser contra “a educação a cargo do Estado” se for o Estado burguês, e abandona essa oposição quando se trate de um Estado proletário, e para ele também “deve-se excluir governo e igreja de toda influência sobre a escola”. Sendo assim na minha concepção se é o Governo ou o Estado quem deve controlar, não importa muito, o que merece preocupação é a qualidade oferecida, pois educação pública com qualidade conforme o sistema, deve ser uma prioridade e obrigação dos responsáveis, seja Estado ou Governo, o que não pode, é ser oferecida de qualquer jeito desfavorecendo a classe que não tem condições de pagar pela educação privada, que é outro ponto revoltante, porque se acaba pagando duas vezes pela educação, afinal a educação gratuita não é favor de nenhum órgão público, é obrigação, pois a partir do momento em que o cidadão paga seus impostos passa a ser direito. E como já foi dito; as escolas deviam levar os alunos a pensar e não impor princípios. “A tese de Marx é clara: matérias que permitam uma interpretação de partido ou de classe... que permitam conclusões diferentes.” No meu entendimento o ensino devia além das matérias como as ciências naturais e a gramática, anexar matérias que dessem suporte ao jovem assimilar e tirar suas próprias conclusões a partir de vários estudos e opiniões e não os deixarem somente a mercê da “experiência da vida ou contato direto com os adultos”, de forma que não entendam o motivo exato de tal situação de vida e qual a solução para mudar. Acredito por tanto que isso não seja de interesse para a “burguesia” devido o medo de haver uma revolução intelectual na sociedade. Com isso finalizo com trechos do texto: “Na escola não se pode ensinar senão disciplinas que consistam em rigorosas noções incontestáveis e que não permitam conclusões pessoais”. “A estrutura escolar continua essencialmente destinada à aprendizagem do que é necessário ao homem no reino da necessidade”. CONCLUSÃO Esse trabalho me levou a refletir a respeito do verdadeiro conceito de educação, e me fez ver que o que nos ensinam na escola de fato não é a educação que forma o cidadão intelectual, senão a educação que prepara para futuramente ser mais uma mão-de-obra vendida na sociedade. E me parece que é justamente isso que Marx defendia, pois o interesse de Marx era educar para trabalhar. Sendo assim concluo que a educação nada mais é do que um mega negócio que tem gerado muitos fins lucrativos.
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