Baixe SQL Fundamentos e DML e DDL, conceitos, aplicação e outras Transcrições em PDF para Informática, somente na Docsity! Implementação de banco de dados
Aula 2: Linguagem SQL —- DML e DDL
Apresentação
Anteriormente, estudamos o Modelo Relacional e a Álgebra Relacional, suas características e visualizamos suas principais
operações. Além disso, realizamos vários exercícios de fixação.
Nesta aula, seremos apresentados à linguagem SQL e vamos conhecer as partes que a compõem, estudaremos os
comandos de criação de tabelas (DDL) e os comandos que permitem colocar, alterar ou eliminar linhas das tabelas (DML).
Objetivos
* Criar e eliminar tabelas;
* Inserir, alterar e eliminar dados das tabelas.
(3 Fonte: exenyitino possible
Linguagem SQL
O padrão mundial de acesso a banco de dados é a Linguagem Estruturada de Consulta (Structured Query Language) ou
simplesmente SQL, na sigla em inglês.
A linguagem SQL divide-se em partes, cada uma atendendo a uma necessidade específica. Temos, então, a seguinte
divisão:
Linguagem de Descrição de
Dados (Data Definition Language
— DDL) - tem como principais
comandos Create, Alter e Drop,
destinados, respectivamente, a
criar, alterar e eliminar objetos
de banco de dados, como
usuários, tabelas, índices etc.
Linguagem de Manipulação de
Dados (Data Manipulation
Language - DML) — tem como
principais comandos Insert,
Update, Delete e Select,
destinados, respectivamente, a
inserir linhas nas tabelas, alterar
linhas, eliminar linhas e
consultar os dados da tabela.
Linguagem de Controle de Dados
(Data Control Language — DCL)
— tem como principais
comandos Grant e Revoke,
destinados a conceder e revogar
privilégios de acesso
respectivamente.
Nosso foco de estudo será nos comandos de criação, alteração e eliminação de tabelas e nos comandos de DML (Insert,
Update, Delete e Select).
Tabelas
Tabelas são os objetos básicos de armazenamento de dados no modelo relacional. Para criarmos uma tabela, devemos
definir o seu nome, suas colunas, os tipos de dados das colunas e suas restrições.
luna, Tip
*º Clique no botão acima.
Nome
O nome da tabela é normalmente definido durante a modelagem lógica, constituindo às vezes, alguma variação
em relação ao nome da entidade. Por exemplo, entidade Aluno vira tabela Aluno ou Alunos.
É importante conhecer as limitações do SGBD na hora de criar a tabela. A maior parte dos SGBD não dão suporte
a caracteres em português no nome da tabela. Dessa forma, se temos uma entidade Aprovação, teremos que
criar a tabela Aprovacao; se a entidade tem o nome Prova Aluno, teremos que substituir o espaço em banco por:
- Prova Aluno.
Colunas
As colunas das tabelas se originaram dos atributos das entidades conforme vimos na modelagem lógica. Da
mesma forma que o nome da tabela, temos que respeitar as limitações do SGBD: não usar espaço em branco,
caracteres em português e nos preocupar também com a quantidade máxima de caracteres que o nome da
coluna ou tabela pode ter. Muitas vezes, por causa dessa limitação, teremos que abreviar o nome. Por exemplo: o
atributo Matrícula do Aluno poderá virar a coluna Mat. Aluno na tabela.
Tipos de dados
As colunas possuem um tipo de dado que podem armazenar de forma similar ao conceito de tipo utilizado nas
variáveis criadas em programas.
Os SGBD possuem uma variedade muito grande de tipos. Cada SGBD tem o seu conjunto específico, que é,
muitas vezes, incompatível com outros SGBD. Nós faremos uso do PostGreSql como SGBD para a realização de
exercícios. Nos comandos de criação de tabelas, os tipos básicos são:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Tipos de
Dados
Descrição
VARCHAR(tam) Caracter de tamanho variável, podendo atingir de 1 até 8.000 bytes, sendo limitado a tam.
CHAR(tam) Caracter de tamanho fixo, podendo tam ser especificado no máximo de 8.000 caracteres.
TEXT Caracter de tamanho variável sem limite.
Note que a tabela está vazia, mas foi criada no banco com duas colunas.
No SQL Server, o comando é o mesmo.
O comando funciona também no Oracle:
Mais Constraints
Até agora utilizamos apenas as constraints NOT NULL e PRIMARY KEY.
Vejamos agora as constraints UNIQUE e FOREIGN KEY.
Campos únicos
UNIQUE
Ao estabelecermos a constraint UNIQUE para uma coluna, determinamos que ela não pode ter valor repetido. Entretanto,
ela não obriga a coluna a ter valor ou não a torna de preenchimento obrigatório e, como NULO não é valor, uma coluna
UNIQUE pode possuir várias linhas nulas (sem valor).
Exemplo
CPF char(11) UNIQUE,
Reforçando a Integridade Referencial com Chave Estrangeira (Foreign Key)
Foreign Key
Os relacionamentos entre tabelas são criados através da geração de chaves estrangeiras (foreign key — FK) nas tabelas
FILHO que referenciam colunas chaves nas tabelas PAI.
Para estabelecer essa restrição, acrescentamos REFERENCES na definição da coluna, como exemplo:
ID DEPTO numeric (7) References Departamento(ID),
Onde:
e Id depto é o nome da coluna;
* Numeric r(7) o tipo da coluna;
* References identifica a restrição de chave estrangeira;
* Departamento é o nome da tabela para onde aponta a chave estrangeira;
e (ID) é coluna da tabela departamento apontada pela chave estrangeira.
Vejamos um exemplo de criação de tabela com essas restrições.
CREATE TABLE EMPREGADO
(ID NUMERIC(7) PRIMARY KEY,
ULT NOME VARCHAR(20) NOT NULL,
PRIM.NOME VARCHAR(20) NOT NULL,
CARGO VARCHAR(30),
SALARIO NUMERIC(7,2),
DT-ADMISSAO DATE,
CPF CHAR(11) UNIQUE,
ID. DEPTO NUMERIC(7) REFERENCES DEPARTAMENTO(ID))
Observe o comando. Através de sua análise, podemos observar que:
- a coluna ID é sua chave primária;
- As colunas ULT. NOME e PRIM NOME são de preenchimento obrigatório;
- A coluna CPF é única;
- A coluna ID. DEPTO é uma chave estrangeira para a tabela departamento.
Vamos criá-la no PostGgreSdl.
Observe a mensagem de sucesso.
Atenção
Importante
Se uma tabela possui uma chave estrangeira para outra, ela tem que ser criada depois da tabela referenciada, senão ocorrerá
um erro.
Vamos agora criar uma terceira tabela:
CREATE TABLE CLIENTE
(ID NUMERIC(7) PRIMARY KEY,
NOME VARCHAR(40) NOT NULL,
VENDEDOR NUMERIC(7))
Acrescentando colunas em tabelas
Podemos acrescentar colunas em tabelas já criadas com o comando Alter Table. Sua sintaxe é:
alter table <nome tabela> add <nome. coluna> <tipo da coluna> <constraint >
Em que:
<nome tabela> é o nome da tabela a qual será acrescida à coluna.
<nome coluna> é o nome da coluna que será acrescida.
<tipo da coluna> é o tipo de dado da coluna a ser acrescida.
<constraint> é a restrição, se for o caso, da coluna a ser acrescida.
Exemplo
Na criação da tabela Departamento. Vimos que duas restrições (constraints) são estabelecidas como: uma de
obrigatoriedade (NOT NULL) e uma Chave Primária.
Vamos assumir, entretanto que nossa tabela, com esse último comando de criação, não foi completamente estabelecida
Está faltando a coluna descrição. Para inseri-la, podemos dar o comando:
ALTER TABLE DEPARTAMENTO ADD descricao VARCHAR(30) NOT NULL;
Vamos executar o comando. Para isso, digite-o no PostgreSql.
Eliminando colunas de tabelas
É possível eliminar colunas de tabelas, inclusive aquelas referenciadas por constraints e índices, e até mesmo chaves
primárias, únicas e estrangeiras. É verdade que cuidados quanto à aplicação devem ser tomados por parte dos
desenvolvedores e DBA, porém, o SGBD implementa essa funcionalidade.
Ao eliminarmos uma coluna, suas restrições, caso existam, também são removidas do dicionário de dados.
Sintaxe:
alter table <nome tabela> drop column <nome coluna>;
Em que:
<nome tabela> é o nome da tabela da qual será eliminada a coluna.
<nome coluna> é o nome da coluna que será eliminada.
Por exemplo: se desejarmos eliminar a coluna descrição da tabela Departamento, daremos o seguinte comando:
ALTER TABLE DEPARTAMENTO DROP COLUMN DESCRICAO
Vamos executar o comando. Para isso, digite-o no PostgreSql.
É Inserindo Linha
fe Clique no botão acima.
Inserindo Linhas
O comando INSERT insere linhas em uma tabela.
Sua sintaxe básica é:
insert into .<nome tabela> (coluna7, coluna2, ... colunan)
values (valor1, valor?, ..., valorn);
Em que:
Cláusula Descrição
nome tabela O nome da tabela a ser atualizada
Coluna n A coluna que queremos inserir
Valor n É o novo valor associado à coluna a ser inserida
Vamos inserir uma linha na tabela de departamento.
INSERT INTO DEPARTAMENTO (ID, NOME)
VALUES (100, 'Financeiro);
A relação entre a lista de colunas (ID, NOME) e a lista de valores (100, VENDAS) é posicional, portanto:
* Acoluna ID receberá o valor 100;
* Nome receberá Vendas.
Execute o comando no PostgreSql e observe a mensagem de linha inserida.
Uma outra forma de dar o comando INSERT é sem referenciar as colunas. Nesse caso, a lista de valores deve estar na
ordem das colunas da tabela.
INSERT INTO DEPARTAMENTO VALUES (200, 'Compras')
Desta vez, não foram especificadas as colunas que receberão os valores. Portanto, o comando utilizará todas as colunas
da tabela na ordem em que foram criadas.
A nossa tabela possui duas linhas.
Inserindo com valores nulos
Caso alguma coluna deva ficar com NULO em uma inserção, basta omitir o nome da mesma na lista de colunas. Vejamos
um exemplo em que isso ocorre:
No exemplo acima, foram omitidas as colunas CARGO, SALARIO, DT. ADMISSAO e CPF, que ficaram nulas.
Atenção
Observe que NULO não é equivalente a O (zero), espaço ou qualquer outro valor. NULO é, justamente, a ausência de
qualquer valor na coluna.
Um cuidado que devemos ter é que só é possível fazer isso em colunas que não possuam a constraint NOT NULL. Outro
detalhe é que nenhuma coluna definida como chave primária poderá conter NULO.
No nosso exemplo, se não fosse especificado um valor para a coluna id, a inserção resultaria em erro. O mesmo erro
ocorreria se não tivéssemos valores para as colunas PRIM NOME e ULT NOME, já que são de preenchimento obrigatório
(constraint not null.
Aproveitando ainda esse exemplo de inserção, note que inserimos o PRIM NOME e depois o ULT. NOME, apesar de na
tabela ULT. NOME vir antes de PRIM NOME. Isso foi possível devido à inserção ser realizada na ordem da lista de colunas.
Uma última observação se refere à Chave Estrangeira ID. DEPTO, cujo valor inserido OBRIGATORIAMENTE tem que existir
na tabela DEPARTAMENTO.
Outra forma de inserirmos com valores nulos em uma coluna é utilizando a palavra reservada null. Vejamos um exemplo:
Como omitimos a lista de colunas, temos que ter um valor para cada coluna. Então estamos inserindo 20 no ID, Fonseca
no Prim. Nome, Antonio no Ult Nome no NOME , nulo nas colunas CARGO, SALARIO, DT. ADMISSAO e CPF e 200 no
Id depto.
Execute o comando.
Observe a mensagem de linha inserida.
Como omitimos a lista de colunas, temos que ter um valor para cada coluna, na ordem das colunas da tabela.
Você também pode executar vários comandos de inserção juntos; Basta separá-los por:
INSERT INTO EMPREGADO
VALUES (2, 'Neves, 'Lauro, 'Diretor de Compras',19500, '07/03/2009'/23456789012',200);
INSERT INTO EMPREGADO
VALUES (3, 'Nogueira', 'Mário' Diretor de Vendas, 18000, '07/04/2010/34567890123'100);
INSERT INTO EMPREGADO
VALUES (4, 'Queiroz', 'Mark'/Gerente de Compras',8000, '07/11/2010'/12345432123'200);
INSERT INTO EMPREGADO
VALUES( 5, 'Rodrigues, Alberto, Vendedor 4000, 10/1/2008" '87965432123, 100);
INSERT INTO EMPREGADO
VALUES( 6, 'Ugarte', 'Marlene,, "Vendedor, 3500,23/11/2009,'87654345678' 100);
Como resultado, temos sete linhas na tabela.
Observe que apesar de termos inserido a data no formato DD/MM/AAAA, o PostgreSq! sempre exibe por padrão no
formato AAAA/MM/DD. Você pode dar o comando de inserção de uma forma ou de outra, mas, para evitar problemas, use
sempre AAAA/MM/DD. É mais seguro.
Atualizando linhas
O comando UPDATE permite que atualizemos dados já existentes nas tabelas.
Sua sintaxe é:
UPDATE nome tabela
SET coluna = expressão
WHERE condição
Onde:
Cláusula Descrição
Nome tabela O nome da tabela a ser atualizada.
coluna A coluna que queremos alterar.
expressão O novo valor associado à coluna a ser alterada.
condição A condição que deverá satisfazer as colunas que serão alteradas.
Vejamos um exemplo:
Vamos aumentar o salário de todos empregados em R$ 1000.
UPDATE EMPREGADO
SET SALARIO = SALARIO + 1000;
Navegando até o local do arquivo e o selecionando.
Feito isso, o conteúdo do Script é carregado e basta mandar executá-lo.
As tabelas são criadas e os dados inseridos.
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Atividade
1. A partir do Modelo Lógico a seguir, crie as tabelas no PostGreSdl.
2. Insira os dados nas tabelas criadas na atividade 1 de forma que as tabelas fiquem conforme as figuras a seguir:
3. Baixe o Script Escola disponível aqui <./galeria/aula2/apoio/Aula 2 ESCOLA sgl> e o execute no PostGreSql.
Notas
Título modal *
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Título modal 1
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Referências
DATE, C. J. Introdução a sistemas de banco de dados. 7. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
ELMASRI, R.; NAVATHE, S. B. Sistemas de banco de dados. 7. ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2015.
SILBERSCHATZ, A.; KORTH, H. F; SUDARSHAN, S. Sistemas de banco de dados. 5. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006.
Próxima aula
* Estudo do comando Select;
e Cláusulas iniciais (Select e From);
* Cláusula Distinct.
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