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Guias e Dicas
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título: patch adams, o amor é contagioso., Notas de aula de Medicina

Patch Adams recomenda que você ajude a manter sua saúde através da alegria. , do riso e da gentileza. ... Existe uma razão para a frase alívio cômico.

Tipologia: Notas de aula

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Birinha90
Birinha90 🇧🇷

4.6

(201)

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Baixe título: patch adams, o amor é contagioso. e outras Notas de aula em PDF para Medicina, somente na Docsity! TÍTULO: PATCH ADAMS, O AMOR É CONTAGIOSO. DÉCIMA EDIÇÃO, EDITORA CEXTANTE Índice Prefácio.................................................. 7 Agradecimentos do Autor................................... 9 Introdução.................................................10 Afinal, o que É Saúde......................................17 - Fé.................................................20 - Amor...............................................25 - Humor..............................................30 - Surpresa...........................................35 - Curiosidade........................................40 - Criatividade.......................................45 - Natureza...........................................50 - Relaxamento........................................55 - Comunidade.........................................60 - Paixão.............................................62 - Exercício..........................................67 - Esperança..........................................72 - Imaginação.........................................74 - Paz................................................79 - Família............................................84 - Serviço............................................89 - Amizade............................................90 - Alimentação........................................92 - Sabedoria..........................................97 - Sentimento de identidade...........................99 Coisas que Uma Visita Pode Fazer ......................106 - Amizade ................................................................108 - Relaxe.... .... ............... .................... ....................... ..1 08 - Seja um bom ouvinte ..............................................109 - Compartilhe sua te rnura ........................................1l0 - Uma forma diferente de compartilhar ....................111 - Integre a equipe de cura .............................. ..........112 - Objetos poderosos ................................................. - Toque................................................... ................ ...116 - O que você pode fazer por eles? ............................1l8 - Diversão, brincadeiras e riso ..................................120 - Fé ..........................................................................122 - Ouvir..................................................................... .123 Como Ser um Bom Paciente de Hospital............124 Cuidados Especiais Quando Estiver Visitando...132 - Crianças ....... ................... ......................................132 - Adolescentes ........................................................ ..133 - Idosos ................................................................... .134 - Doentes mentais .................................................. ..13 7 - Portadores de deficiência ......................................138 - Pacientes terminais .................... ............................140 o Começo ................................................................ ..142 Sobre o Cartunista ....................................................146 Sobre o Autor ............................................................147 Prefácio por Robin Williams Um homem vai ao médico e diz: "Doutor, meu cotovelo dói. O que eu posso fazer?" O médico pisa com força no pé do paciente. "Aaaiii! Ei, por que o senhor fez isso?" O médico pergunta: "Você ainda es tá sentindo a dor no cotovelo ?" "Não." "O próximo." É assim que o seu médico o trata? Tudo bem, talvez o seu médico não pise no seu pé, mas você acha que ele parece impessoal e negligente? Então, ta lvez seu médico precise dar uma olhada neste livro. Patch Adams recomenda que você ajude a manter sua saúde através da alegria , do riso e da gentileza. Isso vai causar uma devastação na indústria de t artilhar da fé religiosa do paciente - mesmo que não seja a sua, criando dessa forma um enorme refúgio para sofrimento. Histórias, fotografias, música e jogos também ;ooem ser instrumentos preciosos em uma visita ao hospital. As qualidades que ouvi descritas como "a força da visita de um amigo" tam bém se aplicam aos profissionais de saúde. Na história da medicina, a prática da bondade, da atenção e da empatia atingiu seu auge nas visitas domiciliares e aos médi cos de família. Por que visitas domiciliares? Durante 28 anos fiz visitas domiciliares. Sinto que não poderia ter me toma do médico de família sem elas. Para as pessoas cuja curiosidade se traduz em afeto pelo ser humano. as visitas domiciliares são a porta de entrada para um mundo d eslumbrante. Imagine-se como um de meus pacientes. Quando o visito em casa, tento obs ervar e examinar tudo. Faço muitas pergUDtas. Gosto de saber como as coisas funcionam quando -eê está em casa - que é, espero, seu santuário. Quero saber que pap el cada objeto representa em sua vida. Durante as visitas, procuro pessoas ou objetos que posso convocar :-ara me ajudarem a compreender melhor o paciente e a aliviar seu sofrimento. Adoro estar com uma nova família e explorar os complexos e variados fato res que a caracterizam como comunidade humana. Não existem duas famílias ou duas visitas domiciliares iguais. Todas as vezes, tenho esperança de que as crianças da casa me convidem para conhecer seus quartos. seus mundos. Observo todos os interesses. Trabalho e brinco para me aprox imar, esperando estabelecer confiança, de forma que as crianças saibam qu e podem contar comigo como amigo e como médico. Bancar o palhaço cria um ambiente propício às visitas domiciliares. Às ve zes, me convidam para o jantar (que brinde!). Além de meu papel como médi co, cada visita me ajuda como pessoa; pois eu também me sinto reconfortado, amado e respe itado neste relacionamento. As visitas domiciliares ajudam o médico e o p aciente a tomar posse do poder curativo de uma intimidade que os amigos e a família já co nhecem tão bem. Revivendo as visitas domiciliares Quando a medicina deixou de fazer parte do setor de serviços para desenvo lver-se no mundo dos negócios, as visitas domiciliares foram abandonadas por "não serem práticas". À medida que a medicina tecnológica começou a dominar a prática da medici na, as visitas domiciliares foram descartadas. O processo usado para leva r cuidados aos pacientes foi invertido. Acho que a eliminação das visitas domiciliares foi o maior golpe sofrido pe la arte da medicina neste século. Não apenas os pacientes perderam essa pre ciosa atenção, como os médicos não encontraram um substituto para a intimidade perdida, que, em um ambiente hospitalar, é fundamental para a cura. Acredito que e ssa perda de intimidade também é diretamente proporcional ao aumento de c asos de má consulta médica, especialmente quando a interação médico/paci ente co meça a ser tratada como um contrato de negócios e não como uma relação d e amizade. Os hospitais, por mais que as equipes tentem, não conseguem ser lugares rec onfortantes. Quando visito hospitais, percebo que ninguém parece se sentir em casa ou querer estar ali. A equipe, os pacientes e os visitantes se sentem e agem como se estivessem em territ ório desconhecido. Desejo om este livro reacender o significado profundo que as visitas lomiciliares traziam à interação humana. Espero de t odo o oração que o que era importante na visita domiciliar - para . médico, o paciente e para a família - possa ser recriado em hospital através dos visitantes. E que o mais poderoso antídoto contra o contágio da doença seja de fato o amor. Utilizando a conexão mente-corpo Nos últimos 25 anos, a medicina vem definindo o campo xxxxx psiconeuroi munologia - conhecida pelo público leigo co=u conexão mente-corpo. Pass amos a entender que as tensões (físicas, mentais e espirituais) têm um efeito na bioquímica e na fisiologia do corpo. O corpo é formado por muitos sistemas e o que acontece em um ou mais deles afeta, de interno modo, todos os outros. Essa conexão profund a e interna vai muito além do fato de "o osso da bacia se conecta ao osso da cox a". Estudos bastante desenvolvidos verificaram que elementos, como amor, humo r, surpresa, curiosidade, paixão, per- dão, alegria, esperança, entusiasmo, dar e partilhar estimulam o sistema i munológico. Eles ajudam nosso corpo a combater infecções e estimulam célul as naturais que combatem o câncer e afetam a forma com que cuidamos de nós mesmos e do s outros. Por outro lado, quando raiva, ressentimento, ambivalência, culpa, tédio, s olidão e medo são reprimidos durante muito tempo, podem suprimir nosso sis tema natural de proteção e nos fazer sentir pior. Não são as emoções em si que causam os problemas. Os problemas são causados quando reprimimos as emoções dur ante horas, dias ou até mesmo anos. Expresse cada emoção assim que ela surgir. Entretanto , procure não alimentar ou prolongar as emoções que podem machucá-Io. É importante perceber que, assim como a aparência física, cada pessoa po ssui uma bioquímica única. Ainda não se sabe como os processos bioquímic os se manifestam em cada pessoa. Os profissionais de saúde na campo da medicina preventiva não querem esperar pelas conseqüências. Em vez disso, afirmam que levar uma vida feliz e vibrante é essencial para o bem-estar. Visitas como um bom remédio Levando tudo isso em consideração, de meu ponto de vista como médico, ac redito que a forma como você visita uma pessoa amiga vai muito além da v isita em si. É como levar um remédio poderoso para o paciente. A visita traz consigo um envolv imento real na cura do paciente e no alívio do sofrimento. Além disso, ela faz muito bem ao visitante. Por favor, não fique magoado se o paciente não puder receber visitas ou pe dir para não recebê-Ias. Notifique um membro da família sobre seu interess e em visitá-lo assim que ele estiver pronto para ter companhia. O médico Larry Dossey provou em seu livro, Healing Words, que a oração à distância possui seus visitantes. Em conversas sinceras, nessas horas difíceis, muita coisa qu e pode ajudar pacientes e visitantes vem à tona. Como é bom ver nossos amigos se sentindo tão bem!!! Fé: A fé pode ter um profundo impacto na saúde. E não estou falando apenas de fé religiosa, mas dessa experiência muito pessoal de entrega, capaz de t razer conforto em todas as situações. A fé exige apenas que se aceite completamente as pos sibilidades. Para receber seus benefícios não é necessário fazer nada além disso. A fé é gratuita e está disponível para todas as pessoas, o tempo todo. Os benefí cios a serem colhidos são os mesmos, seja a fé baseada em uma religião, na pesca ou na música. O importante é a profundidade da aceitação. Coisas que você pode fazer 1. Pense em todas as coisas nas quais você sente uma "mágica especial". E scolha uma e concentre-se nela durante muito tempo. Descubra de que manei ra a sua vida ficou melhor por causa dessa fé. Pergunte então ao paciente: "O que é mágico par a você?" Se for preciso, explique um pouco do que se trata e exemplifique com as coisas mágicas da sua vida. Peça detalhes. E compartilhe suas próprias idéias. Fé: A fé pode ter um profundo impacto na saúde. E não estou falando apenas de fé religiosa, mas dessa experiência muito pessoal de entrega, capaz de t razer conforto em todas as situações. A fé exige apenas que se aceite completamente as pos sibilidades. Para receber seus benefícios não é necessário fazer nada além disso. A fé é gratuita e está disponível para todas as pessoas, o tempo todo. Os benefí cios a serem colhidos são os mesmos, seja a fé baseada em uma religião, na pesca ou na música. O importante é a profundidade da aceitação. Cada pessoa tem sua "mágica especial. 2. Sinta-se grato por estar vivo e demonstre isso através de seus atos. Custódio é grato pela condução que o leva para o trabalho. 3. Ajude as pessoas que estão sofrendo. Glória precisa de ajuda para se aproximar dos outros. 4. Transforme o otimismo em um hábito. Tome-se um entusiasmado chefe da torcida. Amor o amor causa um enorme impacto na forma como as pessoas agem e se sentem . Existem muitos tipos de amor e cada um deles tem o poder de contribuir para a nossa saúde, pois todos estão repletos dos melhores sentimentos. Existe o amor do companheiro, e não há canções ou poemas suficientes para descrever o que ele significa. Existe o amor da amizade, um fio capaz de c onectar e iluminar toda sua vida. Todos os outros amores têm o mesmo poder: o amor de Deus, o amor pela natureza, o amor pelas artes, pelos elásticos de cabelo e por p udim de leite; o amor pela dança, pelas descobertas e até por bicicletas. Quando é bem aco lhido, o amor invade alegremente todos os aspectos da vida. E cada tipo de amor aumenta a capacidade de nos abrirmos ?<lIa outro. Procu re ficar totalmente receptivo e pronto para o amor. Coisas que você pode fazer 1. Examine atentamente o papel que o amor tem na sua vida. Faça um inventá rio do amor: pessoas, coisas, idéias, experiências. Sinta gratidão pelo do m do amor. 2. Se está visitando um paciente que você ama, por favor, partilhe seu amor com ele das formas mais afetuosas que encontrar: olhe-o com alegria, sorri a e toque-o com carinho. Isto já é um bom começo. Todos os pacientes precisam de amor, e você tam bém. 3. Sinta como é bom ter sido capaz de aliviar o sofrimento e animar seu ami go com a sua visita. Você conseguiu isso! 4. Agora, experimente praticar esse amor com todas outras pessoas. Olhe c om simpatia e até mesmo sorria prá as pessoas que encontrar e passe algum tempo com algum que está sofrendo ou se sente sozinho. Humor "O propósito do médico é divertir o paciente enquanto a doença segue seu caminho." - Voltaire Existe uma razão para a frase "alívio cômico". Quando o sofrimento é grand e, existe necessidade de alívio. As piadas surgem em situações de grande n ervosismo ou emoção. E, apesar de sabermos disso, ficamos nos perguntando se é conveni ente usar humor nos hospitais, que é justamente um lugar onde as pessoas estão sofrendo muito. Foi atuando como palhaço em hospitais que me convenci de que podemos le var humor até mesmo aos leitos de morte. Imagine que você é a pessoa doente. Você gostaria de receber um visitante deprimido ou com cara de velório? É assim que quer passar sua temporada no hospital? É assim que você quer morrer? Estou convicto de que a melhor alternativa é trazer humor para o hospital - e para o mundo também, pois ele parece estar sofrendo. " A vida não deixa de ser engraçada quando as pessoas morrem, assim como não deixa de ser séria quando as pessoas riem. " - George Bernard Shaw Coisas que você pode fazer 1. Resolva descobrir várias formas de ser palhaço. Agora, vá em frente e faç a isso. Você desejará tentar mil experiências. E depois outras mil. 2. Faça coisas engraçadas, só por fazer. Não avalie seu sucesso pelas garga lhadas que provocar. Contente-se em fazer e observe as reações. Continue fazendo o que funcionar. 3. Ande pelas dependências do hospital cacarejando orno se fosse uma galinh a. Bata as asas. Bote um ovo na ...ala das enfermeiras. 4. Encoraje visitas e pacientes a fazerem serenatas para outras visitas e pa cientes na sala de espera. É impressionante como é fácil produzir uma risada ação para o paciente e seus amigos. Por exemplo, que tal um quarteto de cantoras chamado "As Pulmonetes"? Os Pereiras têm um amigo com problemas no dedão. Criatividade Todo mundo tem um potencial criativo. A criatividade envolve o uso de sua imaginação e inventividade. Toda a sua forma de ser é sua criatividade. Se ja a maneira como você anda, lava a louça ou diz "Oi!" - tudo o que você faz é expressão da sua criatividade. A criatividade tem um poder mágico quando estamos visitando um doente. Os pacientes normalmente ficam felizes ao receber visitas. Neste momento vu lnerável, eles ficam gratos pelos seus esforços e atenção. É uma ótima ocasião para sermo s criativos o quanto pudermos. Coisas que você pode fazer 1. Comida de hospital em geral é muito sem graça. Dentro das limitações ali mentares do paciente, leve alguns de seus pratos prediletos. Você pode usar uma fantasia de garçom ou de entregador de pizza. Se a comida for realmente nutritiva, t anto melhor. 2. Cantar desejando melhoras pode ser divertido. Dê-se ao trabalho de arr umar uma ou duas fantasias. De vez em quando, vá a um brechó para descobr ir fantasias engraçadas e use-as sem constrangimento. 3. Reúna um grupo de amigos para fazer uma festa de "desaniversário", ler uma peça de teatro, dar uma aula de arremesso com vara de pescar ou qualquer outra coisa que você imaginar. 4. Aqui, quero recomendar a palhaçada. Quem é que não gosta de uma visita engraçada? Arrange uma fantasia de palhaço e use-a sempre que quiser ale grar criativamente as pessoas. Comece visitando casas de repouso. Natureza "A natureza lhe oferece prazeres todos especiais. " - William Wordsworth A natureza é um remédio poderoso. Nunca deixe a natureza entediá-lo. Apreci e cada árvore, pássaro ou pôr-dosol. Procure ver o nascer da lua cheia. Sen tir o milagre da vida através da interação com a natureza é essencial para a qualidade de sua saúde. Cultivar seu jardim e ter animais de estimação são práticas benéf icas para a saúde. Na verdade. existem terapias formais que as utilizam. Foi provado que ficar olhando pa ra um aquário de peixes e ouvir o movimento da água abaixa a pressão arter ial. Quando os pacientes podem enxergar paisagens de suas camas, passam melhor. Entre todas as coisas capazes de animar um doente, as flores têm papel princ ipal. Coisas que você pode fazer 1. Flores sempre ajudam a curar as pessoas doentes, a não ser que elas sejam alérgicas... Atchim! 2. Procure jardins perto do hospital onde você possa levar o paciente para passear, mesmo que seja preciso usar uma cadeira de rodas. 3. Lembre-se, nós somos a natureza humana. Deleite-se estudando nossa pró pria natureza. Você nem imagina como vai se divertir. Tom está sempre estudando a natureza humana. 4. Alguns hospitais permitem que você leve um animal de estimação para um a visita. Isto realmente pode levantar o ânimo do paciente. Relaxamento Não faça tempestade em copo d'água. É apenas um copo de água." Quando estiver em dúvida, relaxe. Fique calmo. Não se preocupe, seja feliz. Inspire lentamente, expire lentamente. Procure ter pensamentos agradáveis. Pense nas coisas boas que você tem. So lte-se. Emocione-se e chore na presença de amigos. Reze, cante e faça baru lhos estranhos. Ria muito. Dê grandes abraços. Faça e receba massagens. Livre-se da ,ulpa, d o ódio, da obrigação, do sacrifício, do tédio, da soidão, do medo, da crític a e da formalidade. Afunde a cabeça num grande travesseiro. Diga coisas afetuosas para você mesmo e para os outros. A tensão e a ansiedade são prejudiciais para as pessoas que não conseguem re laxar. Tente praticar várias técnicas de relaxamento. Coisas que você pode fazer 1. Repare como uma boa conversa e ouvir com interesse um paciente ou um a migo relaxa os dois. . 2. Só o fato de você aparecer, pode ajudar um amigo com problemas a relaxa r. 3. Dê uma volta e demore o tempo que quiser. Pare e sinu I o perfume das ro sas. 4. Ouça sua música favorita. Regue as plantas. E brinque com seus filhos. Comunidade Vários e aprofundados estudos confirmam que estar entrosado numa comun idade que o apóia pode ser um fator primordial para a recuperação de um ataque cardíac o. Quando falo em "comunidade" não estou me referindo a um ponto no mapa ( ainda que isso também seja uma comunidade). Estou falando da sensação d e pertencer a um grupo de pessoas. Pode ser um grupo da igreja, uma organização cívica ou um ti me de vôlei. Uma comunidade pode incluir pessoas que freqüentam o mesmo bar da esquina. Durante a maior parte da história da humanidade, a comunidade era uma trib o e, mais tarde, um vilarejo. Inicialmente, a comunidade oferecia ajuda, p roteção e funcionava como um seguro contra qualquer ameaça que surgisse. Hoje em dia, na ausência de comunidades tribais, muitas pessoas assumem s ozinhas sua própria segurança. Acho que o alto nível de ansiedade de nossa sociedade se deve principalmente a essa perda da sensação de pertencer a um grupo. pera ou exiba sua coleção de isqueiros. será que vão me deixar entrar no hospital? Exercício Use-o ou perca-o! o exercício é tão importante que eu gostaria que fosse obrigatório. Tudo fica melhor quando há um bom condicionamento. O condicionamento físico é igualmente valioso para quem tem alguma deficiência. Existem exercícios de força, como flexõe s e levantamento de pesos. Existem exercícios de resistência, como correr e pedalar (e, é claro, andar). E existem exercícios de flexibilidade, como a ioga. Qualquer tempo investido no seu condicionamento físico é precioso. É difíci l ser pessimÍsta quando você se exercita regularmente, porque exercitar-se é investir tempo e esforço no seu futuro. Qualquer exercício que você faça é um passo gigantesco. Coisas que você pode fazer 1. Tudo bem - você está de cama no hospital. Mexa tudo o que puder, o máx imo que puder. Se conseguir levantar-se e andar, faça isso! Finja que est á dançando um tango com o suporte do soro. Se alguém achar esquisito, você pode alegar que est á tendo uns espasmos estranhos. Contorça-se na cama, estique-se, espreguic e. 2. Ande de escada, não de elevador. Para os mais idosos é recomendável sub ir as escadas devagar inspirando e expirando lentamente. 3. Ande para a frente e para trás sem sair do lugar. Na verdade, a sensação é a mesma. Tente fazer isso durante dez minutos todos os dias. Por um instante, RaLl' não percebeu que sua esposa estava correndo sem sair do lugar. 4. Para os leitores fanáticos, uma bicicleta ergométrica com um suporte para livros garantirá um tempo extra de leitura diário. Esperança As visitas podem trazer enorme quantidade de esperança para os amigos doen tes ou para seus entes queridos. Lembre-se, por piores que sejam os prognósticos em relação ao futuro de um paciente, são apenas possibilidades. Pense em quantos milhões de pessoas jogam na loteria mesmo sabendo que as chances são de uma para milhões. Todos esperam po r um milagre na forma de um bilhete vencedor. No universo da medicina, muitos médicos presenciaram milagres de cura impressionantes. Portanto, mantenha sempre a esperança. Talvez a esperança nos mostre que existe um grande mistério sobre o qual n ão temos controle. Às vezes, nossa esperança é de cura; às vezes, é simple smente de diminuirmos o sofrimento. Por favor, se você está se sentindo pessimista ou lamuriento, procure não demonstrá-Io durante sua visita. Uma atitude animadora tem mais efeitos benéficos do que você imagina. Coisas que você pode fazer 1. Antes de visitar o paciente, pratique a esperança, pensando com otimis mo nas grandes causas: a paz mundial, um meio ambiente preservado ou a el iminação da pobreza. Quando estiver cheio de esperança, pode abrir a porta do quarto e entrar. 2. Todos os dias, tenha esperança em algo que com seu empenho e seu esforç o pode acontecer,.e faça alguma coisa em relação a isso. 3. Ande pelas dependências do hospital oferecendo esperança aos outros. Lem bre-se de que, quando um paciente está pronto para levantar-se e andar, ele se torna o visitante poten- cial de outro paciente. Portanto, tudo o que está dito aqui também se aplica a pacientes que estão melhorando. 4. Decida que a esperança vai se tornar parte essencial de sua vida em tod os os momentos. Valorize o otimista cegamente obstinado. Não precisa chama r um oftalmologista. Imaginação "A imaginação é mais importante do que o conhecimento. " - Albert Einstei n A imaginação é uma fonte inesgotável que não pode ser diminuída por excess o ou falta de uso. Se você diz: "Ah, eu não tenho imaginação...", ficará m uito surpreso ao constatar a existência dessa poderosa ferramenta com a qual nasceu. Todo mundo tem imaginação! Cada pensamento, devaneio e sonho é um sinal de que sua imaginação está viva, passa bem e pode ser usada a seu favor. A imaginação é a sua companheira definitiva. Vai a qualquer lugar e faz q ualquer coisa com você sem nenhum custo adicional. O único limite é o tem po. A maior parte das coisas que você imagina nunca sai de sua cabeça em forma de ações; ain da assim, sua imaginação pode estimular as ações. Não chegamos a tocar em uma fração do potencial de nossa imaginação. Tem os que soterrá-Ia para ficarmos entediados. Mesmo aqueles que imaginam que não há nada para fazer ou para ser possu em uma grande imaginação. É o único lugar onde tudo é possível, imediat amente. Use sua imaginação com paixão. Coisas que você pode fazer 1.Da próxima vez em que estiver preso no trânsito ou numa cama, fique imagi nando as coisas mais esquisitas. E se a clorofila das plantas fosse laranja , em vez de verde? E se tivéssemos cinco braços ém volta dos ombros? Como seriam os abraços? 2. Pense em como sua vida, a comunidade e a sociedade influenciam a sua imaginação. Como é que seus gostos e desgostos são influenciados pela mí dia? Expanda sua imaginação além de quaisquer barreiras. É você quem está no controle. A imaginação do Geraldo é facilmente influenciada pelo ambiente em que es tá. 3. O que leva sua imaginação a correr solta? Como você pode despertar su a imaginação? Que atividades ajudam a estimulá-la? Acho que a televisão ajudou a atrofiar as dimensões de nossa imaginação. Desligue a televisão. Ligue sua Imaginação. 4. Explore ao máximo os novos interesses. Dê loucas gargalhadas com freqü ência. A vida de Ferrugem piorou bastante q Vando e eófilo comprou "O Grande li vro de Nós de Marinheiro". 4. Adoro quando, ao perguntar a certas pessoas se elas têm família, responde m: "Claro, tenho dois gatos." Será que as plantas do seu jardim são a sua fa mília? Já encontrei pessoas cujo carro ou caminhão eram a sua família. O que compõe a sua família? O pingüim da geladeira? Serviço " uma vida vivida em função dos outros vale a pena. " - Albert Einstein Poucas coisas são tão fortes como remédio para a alma do que doar seu tem po para ajudar os outros e a natureza. É impressionante a freqüência com que ouço médicos e enfermeiras (que trabalham como voluntários em clínicas de atendimento gratuito nos Estados Unidos ou viajam para países pobres a fim de fornece rem atendimento médico não remunerado) dizerem que não existe trabalho mais recompensad or. A vida das mães é dedicada ao serviço. Não estou falando de atos feitos por obrigação ou dever. Estou falando sobre ajudar outras pessoas pelo puro pr azer de doar-se. O serviço feito com alegria é sua própria recompensa; traz forças para quem dá e para quem recebe. Coisas que você pode fazer 1. Seja amigável com todo mundo, esteja você no papel de paciente ou de vis itante. A gentileza cria a melhor atmosfera para a cura e também faz com que você se sinta bem. 2. Ofereça-se para massagear os ombros das pessoas do dp. de faxina ou das enfermeiras e agradeça por trabalharem tanto por você e por seus entes queridos. 3. Vá a outros quartos e visite outros pacientes. Faça outras amizades. Aju de a modificar o ambiente em que vive · amunidade. Quando puder, visite asi los e leve seu calor, seu humor e compaixão para as pessoas que estão ali. e Procure em sua comunidade e descubra onde existem necessidades ou sofrimento. Ofereça maneiras de ajudar os outros usando seu s talentos. Amizade Para a maioria das pessoas, os amigos são a parte mais importante da vida. Não há nada que se compare. Como médico, percebi que a maior dor é associ ada à solidão. As pessoas precisam de amor na relação com os amigos para se manterem sau dáveis. A ausência de amizade está fortemente ligada às doenças e à violê ncia. É fundamental amar a si mesmo para poder entender o amor dos outros por v ocê. Desenvolver e cultivar a amizade requer extremo cuidado, atenção e p ersistente dedicação. É como cultivar uma flor. Coisas que você pode fazer 1. Seja amigo de você mesmo. Durante dez minutos por dia, repita para si mesmo que pessoa legal você é. Beije um espelho! 2. Pense em seus amigos. Escreva um cartão para cada um, dizendo o quant o são importantes em sua vida e agradeça por amarem você. 3. Tente passar uma semana agindo como se todo mundo fosse seu amigo. Ob serve a si mesmo sendo gentil. Ultrapasse limites. Eu gosto de ficar em uma esquina movimentada, acenando e dizendo "Oi!". E também, num cruzamento, dar passagem para os carros e sorrir para os motoristas. 4. Pense nas coisas com as quais tem uma relação de amizade: seu carro, um a caneca de café preferida ou um deter- minado chinelo. Comece a conversar com elas, dizendo suas falas. Quando t iver aperfeiçoado esse método, faça-o em público. . Alterne as seguintes coisas para construir amizades 1. Se você quer fazer amizade com as pessoas, procure saber o máximo possí vel a respeito delas. Participe de seus interesses. Compartilhe livremente seus mais profundos sentimentos. Ouça seus sonhos e transforme-os em seus de todas as maneiras possíveis. Dê-Ihes o presente de desejar conhecê-Ias de verdade. 2. Cultive a amizade passando bastante tempo com as pessoas queridas. Amiz ades à longa distância podem ser alimentadas através de cartas, telefonema s e e-mail. 3. Cerque-se de fotos e lembranças dos amigos em casa e no trabalho. Eles s ão ícones da alma. 4. Dê abrigo e apoio aos amigos. Não coloque a sua segurança no dinheiro, t ransfira-a para a que lhe dá o grupo. 5. Brinque com seus amigos sempre que estiverem juntos. Alimentação Adotar uma dieta vegetarianalmacrobiótica balanceada é sem dúvida a medid a mais nutritiva que a maioria das pessoas poderia tomar. Há um excesso d e coisas em nossas dietas que não são nutritivas. Coma frutas e vegetais na hora do almoço. Beba muita água. Muita mesmo. Qualquer passo em direção a alimentos mais frescos, à comida integral e para longe da comida industrializada é ótimo. Cortar sal, açúcar e gordura é um passo importante. Aprender a cozinhar pode freqüentemente transformar comidas de que você não gostava em algo mais gostoso. Tenha prazer a cada pequeno passo, tal como mudar de arroz branco para arroz integral. Para a maior parte das pessoas, só o fato de com erem menos já é benéfico. Coisas que você pode fazer 1. Descubra o que o paciente pode comer e prepare um piquenique para ele. Ainda que os alimentos nutritivos sejam preferíveis, às vezes não faz mal levar pequenos agrados. A comida feita com amor por si só traz benefícios para a saúde. O q ue importa é o gesto ou o ritual. 2. Leia alguns livros e artigos sobre nutrição. Você perceberá por que a pes quisa estimula muitas pessoas a virarem vegetarianas. Você não acha que o calor da churrasqueira está excessivo? 3. Leve pratos com frutas e vegetais frescos arrumados de forma atraente par a os pacientes e para a equipe do hospital. A aparência dos pratos estimula o apetite. Isso é uma falta de respeito Com as frutas em geral, se vão pra lixeira, e especialmente com os morangos." 4. Dedique-se à jardinagem - por menor que seja a casa. há sempre lugar para uma pequena horta. Leve seus tomates premiados para o hospital. Sabedoria "Experiência não é o que acontece com você, mas o que "faz" você faz com o que acontece com voce. Coisas que Pode Uma Visita Fazer Visitas de amigos e colegas podem ser uma grande ajuda para ligar o pacien te à sua comunidade. Qualquer pessoa pode ajudar um amigo a enfrentar melhor o tempo que passa no hospital. Quanto mais tempo, mais valiosas são as visitas. Se o seu a migo pode receber visitas, dê uma passada no hospital sempre que for possível. Qualquer visita pode ser um remédio poderoso para o paciente e para o vis itante. Por exemplo, estudos mostram que pessoas que têm fortes laços com sua comunidade de amigos , sobrevivem melhor aos ataques cardíacos. Pesquisas médicas confirmam o que os poetas, artistas e místicos sempre so uberam - que amor, compaixão, humor, empatia, ternura, fé, toque, criativi dade e dedicação ajudam as pessoas a se sentirem melhor. Portanto, qualquer tipo de visita é ótimo quando essas qualidades são expressadas. Por favor, evite levar disc ussões ou problemas. Resolva os problemas sozinho ou espere até que a pessoa esteja bem. Nas páginas seguintes vamos tratar de tudo o que pode contribuir para que s uas visitas sejam divertidas, melhorando a saúde do paciente e a sua também . 1 Amizade Se juntássemos compaixão, amor, humor, empatia, ternura, fé, toque, criativ idade e doação, e tivéssemos que usar uma palavra para definir o conjunto, essa palavra seria "amizade" . RELAXE. Mesmo que a aparência do paciente seja estranha ou assustadora, e ssa pessoa ainda é sua amiga. Mantenha-se natural (a não ser que o seu na tural seja rabugento ou mal-humorado). Procure sentir-se à vontade no quarto. Pergunte se seu a migo precisa de alguma coisa. SEJA UM BOM OUVINTE. O que mais se precisa na vida é de alguém que nos ouça com atenção e afeto. Acolha carinhosamente tudo o que o paciente q uiser partilhar: seus medos, esperanças, frustrações. Mostre que você o compreende, contando um pouco de sua própria história (mostre suas cicatrizes). COMPARTILHE SUA TERNURA. Se o paciente é realmente seu amigo, trate- o com a maior ternura possível. Uma avó de cabelos brancos e um jove m motoqueiro irão provavelmente expressar ternura e amizade de formas diferentes. Pense em tudo o que o paciente representa para você, transforme isso em amo r e transmita esse amor durante a visita sob a forma de carinho e solidarie dade. Uma forma diferente de compartilhar INTEGRE A EQUIPE DE CURA. Se a estadia no hospital for longa, é preciso persistência para continuar as visitas. Tente não encarar a visita como uma obrigação penosa, mas como um privilé gio, por você fazer parte de uma equipe capaz de curar o paciente. Pense em palavras como amigo, companheiro, camarada, irmão. E transforme em atos seu pensament o. Objetos poderosos Durante a infância, meus dois filhos tinham seus objetos de estimação. O mais velho era apegado a um cobertor e o mais novo a um ursinho de pelúci a. Como médico, fiquei espantado com o fantástico poder que esses objetos tinham de acalma r e consolar meus filhos. Nenhum outro remédio era tão eficaz. A medida que as crianças foram crescendo, notei que havia uma pressão pa ra que se desapegassem desses objetos. Quando vejo adultos usarem antide pressivos ou remédios contra ansiedade, gostaria que, em vez disso, pegassem ursinhos de pelúcia . Talvez para um leitor compulsivo o objeto com poder seja um livro especi al e para um colecionador de selos sejam seus álbuns. Pense sobre o paciente que você está indo visitar. Quais são seus interesse s e passatempos? Descubra um objeto que seja poderoso para ele. Pode ser um presente significativo que ele lhe tenha dado, um frasco de perfume ou uma música. O objeto mais comum é uma fotografia: as pessoas ou situações registradas podem trazer lembranças que façam reviver momentos felizes. Objetos ligados à espiritualidade, a medalha de um santo, um crucifixo ou o texto de uma oração, podem ser importantes. Um painel de cortiça onde o paciente pregue retratos e mensagens dos amigos dá uma vida especial ao quarto e o enche de afeto. Se a estadia for longa, mude os objetos de lugar ou leve novos objetos. Toque o toque é um elemento essencial para a saúde. A comunidade humana não e xistiria sem ele. Pense na forma como usamos a palavra. Uma história qu e mexe conosco emocionalmente é "tocante" e a pessoa que se emociona com ela fica "tocada". Para nos a proximarmos de pessoas ou emoções, nós entramos "em contato" com elas. Q uantas vezes ficamos ansiosamente à espera do "toque" do telefone! O toque de profissionais da área de saúde tem um poder curativo e quase mágico. Por favor, use e abuse de toques durante a visita. Segure a mão de seu ami go e olhe-o nos olhos. Abrace-o (mesmo se for preciso driblar os tubos). T anto a massagem casual quanto a intencional podem trazer conforto e relaxamento. Sempre que sua voz interior disser: "Gostaria tanto de conseguir ajudar", a melhor coisa que você pode fazer pelo ..... seu amigo é tocá-Io com carinho. o que você pode fazer por eles? Antes de se oferecer para ajudar o paciente ou a família. verifique seus próprios limites. Só então ofereça-se. Às vezes, ajudar signi fica alimentar animais de estimação e regar as plantas. Será que você tem alguma disponibilidade para tomar conta das crianças? Se uma pessoa querida precisa de companhia, você pode ficar com ela? Se o paciente precisa de ajuda depois de sair do h ospital, será que pode passar algum tempo em sua casa? Se é por falta de recursos que o paciente não está recebendo os devidos cuidados, será que você pode ajudar , levantando recursos? Todos estes gestos constroem a comunidade. Relaxe e seja você mesmo. Desligue a televisão e dê atenção ao paciente. Conte algumas histórias, fofoque e tome o ambiente agradável. É uma boa o casião de renovar e aprofundar sua amizade. Por favor, se houver outros pacientes no quarto, apresente-se e depois ten te se lembrar de seus nomes. Isso ajuda a criar um ambiente de companheiri e a vida lhe trouxe. Abra-se para receber todo o amor e atenção que suas visitas lhe oferecem. Si nta seu calor. Perdoe as imperfeições do sistema de saúde, dos médicos e das enfermeiras . Um clima de falta de confiança prejudica todo mundo. Pense em algumas coisas que você pode fazer na cama e para as quais não te m tempo em sua vida normal - escrever cartas, ligar para velhos amigos, le r um livro ou dedicar-se a um hobby. Aprenda a pedir o que precisa para os profissionais que o atendem, para seus colegas de trabalho, sua família e amigos. Quando se toma um paciente, você não perde sua identidade. Seja você mes mo. Traga alguns quadros de casa. Ouça suas músicas preferidas. Leve seu própri o travesseiro e sua fronha! Tente ser amável com todos os que trabalham no hospital. Faça do seu quar to um lugar onde entrem com alegria. Quando se sentir disposto, visite outros pacientes e anime-os. Esta é uma b oa oportunidade para desenvolver suas habilidades de ouvinte. Sonhe acordado com as COIsas que o agradam. Planeje voltar ao hospital como voluntário, quando ficar curado. Cuidados Especiais Quando Estiver Visitando... Crianças As crianças não são pequenos adultos. Uma estadia .em um hospital, além de poder ser muito assustadora, é muito mais lenta do que o ritmo normal de uma criança. Alguns hospitais investem bastante para criar um ambiente agradável e leve para as crianças internadas. É uma bênção o fato de alguns hospitais permitirem que um dos pais passe a noite com a criança. Video-games e TV são de grande ajuda para passar o tempo, e às vezes uma visita pode se sentir frustrada por ter que competir com a telinha. Em um hospital, contente-se em participar do mundo do paciente. Se você conhec e a criança, vá preparado para brincar de coisas que ela gosta. É um ótimo momento pa ra manifestar seu lado palhaço. O humor e o riso animam e ajudam todo mu ndo. A doença pode fazer com que a criança se torne irritável ou fique quieta. Aceite as criança s como elas são e demonstre ternura. Não importa a maneira como reajam, as crianças gostam de visitas. Elas aj udam a afastar seus medos e a diminuir a solidão. Às vezes, crianças muit o doentes demonstram grande heroísmo. O convívio com elas nos ajudará quando estivermos lida ndo com problemas em nossa vida. Adolescentes Assim como na vida fora do hospital, os adolescentes parecem preferir visi tas de outros adolescentes - e quanto mais, melhor. Os adolescentes às vez es se comunicam de forma desajeitada. Se você conseguir estar com eles com naturalidade, sua visita pode ser uma jóia rara. Ouvir com afeto e interesse possui efeitos c urativos para o paciente. Se você não se sente à vontade com adolescentes, é melhor ajudar os amigos deles a arrumarem condução para ir e vir do hospital. Idosos Aqui, o segredo é visitar. Grande parte da população de idosos é solitária e desligada da família e da sociedade. Muitos têm uma vida infeliz em casas de repouso. Eu estimulo todo mundo a vi sitar os idosos, seja em casa, no hospital ou no asilo. Fique por perto, ouç a suas histórias e mantenha-os informados sobre sua vida e sobre o que se passa no mundo. Tente não ter pressa. Aprenda a se sentir bem dentro do mundo (freqüentem ente) limitado deles. Preparese para andar devagar e falar mais alto. Não parta do princípi o de que os interesses e o entusiasmo deles diminuíram. Tenha paciência para superar sua aparente apatia e sensação de serem um fard o e insista até despertar sua atenção. Com freqüência, eles sentem que as pessoas os olham como se fossem invisí veis ou os colocaram em uma prateleira. Mostre respeito e interesse por suas histórias e sabedoria. Inclua-os em seus passeios. Se você quer se sentir melhor, visite regularme nte casas de repouso e seja afetuoso, indo de cama em cama. Toque as pessoa s, cante para elas, leve pequenos agrados. Você pode concretamente vê-Ias renascer (e o mesmo pode acontecer com você!). Doentes mentais Relaxe. Todos nós temos algum aspecto maluco. Se você gosta de observar a s pessoas, um hospital de doentes mentais pode ser um lugar privilegiado. A maioria desses doentes não é perigosa; apenas possuem uma maneira especial de pensar e d e agir. Muitos são parentes próximos dos excêntricos e a imensa maioria é bastante amável. Grande parte do que chamamos "doença mental" na verdade é pura conseqüê ncia da nossa sociedade problemática que promove a solidão e nos impõe um mundo violento cujos deuses são o dinheiro e o poder. Durante meus 30 anos de medicina, descobri que os pacientes com problem as mentais que recebem amor são estimulados em sua criatividade e encon tram a paz que procuram. Isso pode até alterar seus sintomas. Se sua casa oferece tal ambiente e você deseja prestar serviços comunitários , poderá até hospedá-los. O propósito não é tratá-los, mas integrá-los à sua família, insistindo para que participem de tarefas domésticas. É possível até encon trar um tipo de trabalho que combine com os dons que possuem. Saber ouvir é fundamental. Procure orientação com o médico que os acompan ha para saber a melhor maneira de agir, mas, lembre-se, não há nada que s ubstitua o afeto. A melhor coisa que cada um de nós pode fazer é cuidar de nossa própria saú de mental eliminando o tédio, a solidão e o medo de nossas vidas. Então, s eremos capazes de contagiar o mundo ao redor, mostrando que é necessário e possível lutar pela felicidade. Tenha cuidado com pessoas que se dizem "normais" e acusa m os outros de loucos. Portadores de deficiências Só damos valor a uma parte do corpo quando perdemos o controle sobre el a. Na última metade deste século houve uma mudança expressiva em relaçã o à melhora do funcionamento das pessoas incapacitadas fisicamente. Infelizmente, também houve uma mu dança que afastou os portadores de deficiências de suas famílias e das c omunidades que poderiam ajudá-los, fornecendo-lhes um ambiente mais favorável. Serem deixados soz inhos ou terem a ajuda de apenas uma pessoa pode ser perigoso e prejudici álido e do frio, de sul a sul, ergue teus olhos indeléveis, de sol a sol son ha através de tua boca cantante. Não quero que tua risada ou teus passos hesitem. Não quero que minha herança de alegria morra. Não me chames. Estou ausente. Vive em minha ausência como em uma casa. A ausência é uma casa tão rápida que dentro passarás pelas paredes e pendur arás quadros no ar. A ausência é uma casa tão transparente que eu, morto, te verei, vivendo, e se sofreres, meu amor, eu morrerei novamente. o começo Em novembro de 1997, após minha excursão anual como palhaço para a Rússi a, levei vinte e dois palhaços à Bósnia. Queria trazer alegria para a pior das situações: a guerra. Eu nunca estivera tão perto da guerra antes. Parecia que estava fazendo uma "visita domicilia r" para um grupo de sofredores. Chorei muito e fiz muitas palhaçadas. Voltei para casa definitivamente comprometido a tentar aumentar o amor e a alegria entre as pessoas. Neste meu livro falei sobretudo de pacientes e hospitais, mas acho fundam ental insistir para que façamos o mesmo com todas as pessoas que encontra rmos. Todos nós precisamos de cura e somos todos carentes de atenção, afeto e solidariedad e. Cada um pode contribuir na criação de uma sociedade mais saudável e fel iz. Está provado que a ajuda que damos aos outros beneficia nossa própria saúde física, menta l e espiritual. E não é preciso abrir mão de nada para ajudar os outros. Coisas que você pode fazer 1 Arrume uma fantasia de palhaço (ou outra fantasia que o faça se sentir j ovial) e visite pacientes em casas de repouso. Vá de cama em cama - segura ndo suas mãos, ouvindo e partilhando suas paixões. Organize um grupo de amigos e vá cant ar para pessoas que estão numa enfermaria. Sinta como tudo isso o estimula. 2. Fique atento para pessoas que trabalham em condições de isolamento ou de muito estresse, imagine o que pode fazer por elas. Chame as pessoas qu e trabalham nos locais que você freqüenta pelo nome, interesse-se por suas vidas, tireas do anonimato. Sorria para seus vizinhos, cumprimente-os. Telefone para conhec idos solitários, só para saber como estão. Sempre que tiver um impulso positivo, vença as r esistências e transforme-o em ação. 3. Procure descobrir em sua cidade as instituições ou grupos que desenvolv em trabalhos voluntários de ajuda nos mais diversos campos. Pesquise até e ncontrar o que mais lhe agrada, onde você pode doar-se com mais satisfação. o importante é vencer a inércia, as resistências, e começar. À medida que vo cê for se doando, a alegria e bem-estar que sentirá irão estimulando-o a abr ir-se cada vez mais para as necessidades dos que o cercam. Com freqüência, ouço mé dicos e enfermeiras dizerem como o tempo que passam em serviços de aten dimento gratuito ou servindo no exterior é a parte mais gratificante de seu trabalho. Dar e doa r-se aos outros é realmente um presente gigantesco para você mesmo. Sobre o Cartunista Jerry Van Amerongen cresceu em Grand Rapids, Michigan. Mulheres com ve stidos estampados e homens usando chapéus de abas caídas e calças folg adas são os personagens de infância que apareceram em seus desenhos desde então. De 1980 a 1990, Van Amerongen abrilhantou as páginas de humor de jornai s dos Estados Unidos com seu desenho revolucionário e absurdo. Atualmente é publicado em 100 jornais no país todo. Para conhecer mais sobre o trabalho de Jerry, visite o website de sua agênc ia: www.creators.com. Sobre o Autor Patch Adams, médico, é o fundador/diretor do Gesundheit Institute, um proj eto com 27 anos de idade para criar um hospital que trate de todos os prob lemas dos tratamentos de saúde. Nunca cobraram dinheiro, nem aceitaram reembolso ou sofreram processos po r má conduta médica. É o primeiro hospital a integrar completamente todas as artes de cura e a se concentrar no bem-estar e nas artes. É um lar para os pacientes e par a a equipe. É o primeiro hospital "bobo" da história, estando em construção, neste momento, uma aldeia ecológica. Patch trabalha como palhaço há mais de trinta anos, atuando por todo o mu ndo e levando um grupo de palhaços todos os anos (durante onze anos) para a Rússia. No fundo, Patch é um ativista político, desejando um mundo que substitua a ganância e o poder pela generosidade e compaixão. Ele é amante da poesia, da dança, da natureza, das pessoas e do serviço. Seus dois tesouros preciosos são seus fil hos, Zag e Lars.
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