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Guias e Dicas
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Trabalho de Estágio Educação Infantil, Manuais, Projetos, Pesquisas de Sociologia do Gênero

Trabalho feito em época de pandemia

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 29/04/2021

sara-regina-oliveira
sara-regina-oliveira 🇧🇷

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Baixe Trabalho de Estágio Educação Infantil e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Sociologia do Gênero, somente na Docsity! INTERLIGADOS: ASSUNTOS DE GÊNERO E SEXUALIDADE Autor:Bruna dos Santos e Sara Regina de Oliveira ¹ Tutor externo:Franciele Mayer ² Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Pedagogia (PED2872)– Estágio Curricular Obrigatório I 23/11/2020 RESUMO Este artigo aborda os pontos da desigualdade de gênero nas escolas, interligando os mesmos com o empoderamento das crianças da educação infantil sobre seus corpos, afim de protege-las mediante a educação sexual. Argumenta-se também a importância desse assunto nos dias de hoje, salientando a violência contra as mulheres, a desigualdade social e as limitações que o fator gênero implica no ser humano. Além disso, busca-se medidas que promovam a igualdade de gênero no ambiente escolar e consequentemente, na sociedade, além de prevenção de abusos na infância. Para chegarmos ao objetivo proposto, foi analisado conteúdos e autores que abordam a história da construção da palavra gênero, a relação de questões de gênero no ambiente educacional e na sociedade, além de pesquisas já feitas sobre o assunto e também o papel do educador na vida das crianças, casando a importância desse assunto ser abordado nas escolas desde a educação infantil. Além disso, busca-se ensinar as crianças sobre seus corpos, trazendo a importância de respeitar todas as partes dos nossos corpos e exigir respeito, mesmo que de adultos. Na fundamentação teórica, aborda-se as questões estruturais de gênero, o surgimento do mesmo e o quanto essas questões influenciam socialmente a todos. Também trouxe um pouco da história da educação sexual no Brasil e seu embasamento. Após isso, explica-se na vivência de estágio como as atividades foram abordadas e seus objetivos e dificuldades. E é nas impressões do estágio que concluímos nosso parecer sobre os possíveis resultados da trilha pedagógica sugerida no estágio. Palavras-chave: Gênero. Desigualdade. Educação Infantil. 1 INTRODUÇÃO O presente artigo problematiza como as questões de gênero são ou deveriam ser abordadas nas escolas e a ligação dessas questões com a educação sexual das crianças na educação infantil. A construção de gênero perpassa por toda a vida e estrutura de criação do ser, desde o âmbito familiar, social e escolar. Essas tradições e ideologias, por serem sempre repetidas, impediram que grandes civilizações desenvolvessem seus potenciais em totalidade, disseminando assim a desigualdade (racial, social e sexual) e ignorância, enfrentado frequentemente pelas minorias, e tido pela sociedade como Acadêmicas do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: brubsdsantos@gmail.com e sars9217@gamil.com ² Tutora Externa do Curso de Licenciatura Pedagoga – Polo Brusque; E-mail: franciele_mayer@hotmail.com comum. Como afirmam Hirata e Kergoat (2007, p. 607) “a socialização familiar, a educação escolar, a formação na empresa, esse conjunto de modalidades diferenciadas de socialização se combinam para a reprodução sempre renovada das relações sociais”. Apesar dos avanços tecnológicos e na ciência, hoje no âmbito social, ainda existe muita desigualdade entre homens e mulheres, desigualdade esta, que acaba gerando discriminação e violência. O sistema de estereótipos e desigualdade de gênero acaba limitando direitos ou possibilidades para mulheres e homens. Nessa perspectiva, é fato reconhecer que a educação infantil está diretamente ligada às questões de gênero. Para pensar na educação sexual, na pedagogia escolar perante a educação infantil, é imprescindível salientar que as crianças estão imersas em um contexto de significações provindas de seu processo de interação social e cultural. Um dos eixos para tal tema, é a Declaração dos Direitos Sexuais (1997) como Direitos Humanos Universais,onde destaca-se que a sexualidade é parte integral da personalidade de todo ser humano, onde no seu décimo direito prioriza o direito à educação sexual compreensiva na sua vida a fora, desde o nascimento. Nesse processo, envolve-se todas as instituições sociais ao qual o ser faz parte, pois, como seres humanos, somos seres sexuados, sujeitos da própria história e assim, entende-se a educação sexual sempre como algo transversal, presente em nossas vidas e parte inseparável das relações humanas, desde o início das mesmas. Neste artigo, procura-se trazer questões que abordam a diferença de gêneros nas escolas, como isso afeta a vida social e formas de promover a equidade do mesmo. Além disso, aborda-se a educação sexual como forma de prevenção e conhecimento dos alunos com práticas pedagógicas e lúdicas. Dentro de todos os estudos, fica claro que a escola é um espaço para promover cidadania e, nesse sentido, deve ser espaço democrático e inclusivo, onde estudantes possam construir senso crítico e possam ser eles mesmos, percebendo amarras, rótulos ou moldes estabelecidos pela sociedade e aprendendo como lidar com cada um desses fatores com respeito, sabedoria e empoderamento. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA As questões de gênero são assunto muito atual, que envolve muitas dúvidas e críticas em torno do mesmo, onde a falta de informação acaba criando desentendimentos que limitam o desenvolvimento para uma educação mais inclusiva no Como ressalta Nunes (1987), a discussão da educação sexual na escola é sempre bastante polêmica, uma vez que existem opiniões divergentes sobre a real função desta instituição nesta intervenção quando se lançou recentemente a questão da necessidade da educação sexual na escola, isto é, de maneira pedagógica institucional, as reações imediatas logo definiram dois grupos: um mais conservador, lembrando a “responsabilidade” sobre a questão, e outro mais liberalizante demonstrando, mais que a necessidade, a urgência da questão. (NUNES, 1987, p. 14). Porém, vale lembrar que a negação da fala sobre o sexo, tanto em casa como na escola, pode levar o educando a entendê-lo como algo não natural e negativo. Em meio a esta problemática, abordar os assuntos que envolvem a sexualidade com as crianças ainda é considerado um grande tabu entre os educadores e envolvidos. No entanto, devido ao crescente processo de erotização da criança pelos diversos veículos midiáticos, ao contrário de ideias negativas sobre a sexualidade infantil, acredita-se que um trabalho bem elaborado de educação sexual na escola, comprometido sempre com o desenvolvimento da criança, e estudado, traz contribuições importantes para a infância, principalmente, considerando que a sexualidade é algo inerente ao ser humano desde o seu nascimento. De acordo com Suplicy (1999), a criança que recebe esclarecimentos acerca de questões relacionadas à sexualidade futuramente tem maiores possibilidades de entender e adquirir responsabilidades com o próprio corpo, com a sua saúde e higiene. Dentro desta mesma perspectiva, uma experiência positiva de educação sexual ocorrida em uma instituição de educação infantil no estado do Rio Grande do Sul mostrou que as noções referentes ao sexo que a criança já possui vindas da esfera familiar, dos conteúdos televisivos dos filmes, e demais meios, são possíveis de serem trabalhadas em rodas de conversa e atividades lúdicas, buscando o ajuste de limites entre o mundo adulto e o mundo infantil (DELL’AGLIO; GARCIA, 1997). Como destacam Dell’aglio e Garcia (1997, p. 101), [...]estas questões, não conversadas, eram trazidas pelas crianças para a creche, através de perguntas e jogos simbólicos com imitação dos personagens e suas atitudes, demonstrando em suas brincadeiras diárias uma grande dificuldade de perceber o que seria adequado numa relação entre crianças e entre adultos. [...] Com a verbalização destas questões, além das demais atividades desenvolvidas, pode ser percebida uma redução na ansiedade manifestada pelas crianças em relação às questões sexuais, que passaram a ser tratadas com mais espontaneidade. É preciso abordar as questões de gênero na educação infantil de forma simples e lúdica, sem intenção de impor, mas sim mostrar que o respeito e a igualdade dos gêneros precisa existir, desenvolvendo um olhar crítico na criança sobre situações machistas, além de trabalhar a educação infantil como uma forma de conhecimento do próprio corpo e empoderamento nas relações com ele mesmo, e com adultos, a fim de, por meio da informação, ensinar os limites do outro perante seus corpos. 3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO O estágio é uma etapa indispensável na formação de um acadêmico, pois é a oportunidade de proximidade com a futura profissão, e a experiência educativa vivenciada no estágio são significativos na formação da trajetória docente, porém este ano tivemos que nos reinventar para a realização do estágio que ao invés de ser presencial foi online devido a pandemia do Covd-19. A observação virtual, etapa obrigatória do Estágio Curricular foi realizado na Escola de Ensino Fundamental Nova Brasília , Bairro Nova Brasília – Brusque SC. Os planos de aula elaborados na etapa do projeto foram planejados para serem aplicados em uma turma de Pré II (5 a 6 anos). O tema escolhido para ser trabalhado foi igualdade de gênero e educação sexual, possibilitando a construção da identidade das crianças, respeitando ele e o outro. Para o desenvolvimento do estágio realizamos buscas bibliográficas através de artigos e obras sobre o tema. Nossas indagações sobre tais temas decorre desde os primeiros artigos realizados e trouxemos as temáticas para a prática do estágio a fim de desconstruir a definição do que é gênero proposta pela sociedade, e que a explicação da sexualidade para as crianças, possibilita que futuramente elas tenham responsabilidades com seu corpo. Baseadas no nosso plano de aula desenvolvemos nosso produto virtual, uma trilha pedagógica que auxiliará professores a aplicarem tais atividades tanto em sala ou adaptadas para uso virtual. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (CONSIDERAÇÕES FINAIS) Nesse estágio, abordamos temas já conhecidos, porém pouco estudados. Resolvemos ousar nas atividades lúdicas, afim de trazer essa temática tão polêmica de forma acadêmica e sem tabus. Devido a situação atual do covid-19, não foi possível aplicar de fato tal trabalho, porém a experiência que o mesmo nos trouxe embasa a necessidade de se fazê-lo. Percebemos como desafio a falta de conteúdo e aplicação do tema educação infantil. Estudamos sobre sua história e trajetória no Brasil, sobre as vertentes da educação sexual, mas foram poucos os exemplos de atividades de fato aplicadas relacionadas ao tema. Ao mesmo tempo que visto como um desafio, é estimulante fazer um estágio sobre um tema pouco abordado, pois vimos maior necessidade de assim fazer. Sabe-se que, ao aplicar tal temática em sala de aula ou virtualmente com alunos da instituição, iríamos enfrentar resistências de pais e até mesmo de profissionais da escola, pois o tema ainda é bastante polêmico, porém a ideia é aplicar com explicação também aos adultos, com embasamento teórico como ressalva. Nossa pesquisa virtual auxiliou para unirmos dois assuntos e também para fazer atividades com responsabilidade e comprometimento. Encontramos sobre a história dos nosso tema, suas vertentes e assim, conseguimos produzir o plano de aula. Como educadores, sentimos que enriquecemos nosso leque de informações, pois adquirimos ainda mais conhecimento sobre os temas, aprendemos realizando as atividades, mesmo que de forma virtual e não aplicadas e motivadas a levar adiante tal temática. Acreditamos que o professor hoje, precisa ter uma visão ampla e sem julgamentos das mais diversas situações presentes na vida educacional de seus alunos. Entender que a escola caminha atrelada com a vida social e familiar das crianças é um passo gigante para um ensino aberto, respeitoso e amplo sobre tudo que permeia a criança na idade em que se encontra. As instituições educacionais possuem papel fundamental na vida das crianças e estamos cada dia mais motivadas a fazer o melhor para as futuras gerações desenvolverem seu senso crítico e analítico, com respeito, empatia e responsabilidade e isso se dá primeiramente, sendo nós mesmos o modelo. REFERÊNCIAS ARÁN, Márcia; PEIXOTO JUNIOR, Carlos Augusto. "Subversões do desejo: sobre gênero e subjetividade em Judith Butler". 2007, 134 BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. 240p DECLARAÇÃO DOS DIREITOS SEXUAIS, 1997. Disponível em: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/dedi/ declaracao_direitos_sexuais.pdf . Acesso em 20 de Novembro de 2020. e Objetivos da Ação Pedagógica Esta trilha tem por objetivo geral ensinar conceitos de igualdade de gênero e respeito às diversidades.E como objetivos específicos: Promover a desconstrução da ideia de gênero ; Desenvolver nas crianças senso crítico; Estabelecer a importância de respeito ao outro; Enriquecer o conhecimento do próprio corpo. ER Duração 5 aulas de 45 minutos. e Conhecimentos Prévios Trabalhados pelo Professor com o Acadêmico O gênero é tratado como uma condição social, ou seja, o indivíduo só passa a achar-se, depois de padronizar-se. Essa padronização está tão impregnada na nossa sociedade que acabamos, mesmo sem querer, utilizando essa referência dentro da sala de aula. São poucos os estudos sobre a indagação da sexualidade, sua exteriorização e competência educativa, porém nosso encorajamento para a confrontar essas indagações foram múltiplas. e Palavra-chave Gênero, igualdade, sexualidade. e Planejamento das Ações Pedagógicas A partir da BNCC que estabelece cinco campos elementares para que criança aprenda e se desenvolva, trabalhamos de forma lúdica através de desenhos animados educativos, contação de história e confecção de bonecos, proporcionando que as crianças conheçam e compreendam o que é igualdade de gênero, respeito ao próximo e a relevância de conhecer seu corpo e sentimentos + para a prevenção do abuso sexual infantil. E, Planejamento das Ações Pedagógicas (EIO3E005) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros; (EI03007) Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos ns interações com crianças e adultos; (FIO3TS03) Exrpessar-se livremente por meio de desenho, pinntura, colasgem, dobradura e escultura, criando produções bidimensionais e tridimensionais. Iremos apresentar as crianças o desenho animado disponível no youtube da campanha defenda-se, onde aborda as partes intimas do corpo, o que pode ou não ser encostado por outros e como reagir quando um carinho não lhe agrada. Depois de assistirem esse vídeo, iremos solicitar um desenho do que eles acharam mais legal no desenho animado, o que chamou mais a atenção deles. e Referências Insira e complemente neste campo as referências abaixo com as referências utilizadas em seu trabalho. Lembre-se de utilizar a Norma NBR 6023 para a inserção e complementação. Como sugestão consulte o livro de Metodologia Científica. Exemplo: BRASIL. Portal do Professor. Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/orientacoes.html. Acesso em: 28 abr.2020. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (Versão Final). Ministério da Educação, Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: :/fbasenacionales e i LEE 144 inal sit Acesso em: 28 abr. 2020. MÚLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013 Outras consultas: https://normas-abnt espm br/index.php?title=Recursos virtuais ANEXO II TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA A DIVULGAÇÃO DE MATERIAL DIGITAL DESENVOLVIDO NO PROJETO DE EXTENSÃO
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