Baixe Trabalho sobre a Ideologia Alemã, Karl Marx e Friedrich Engels, referente as ementas apre- e outras Resumos em PDF para Sociologia, somente na Docsity! E.E PROFESSOR CLODOVEU BARBOSA
NICOLAS BRISOLLA
SABRINA NUNCIARONI
STEPHANY NEGRI
VERÔNICA SILVA
VITOR ALVES
VITOR DANIEL
As classes sociais em Marx: contradição e dialética.
A ideologia em geral, em especial a alemã. In: A Ideologia Alemã.
ABNT
MONTE ALEGRE DO SUL
2022
NICOLAS BRISOLLA
SABRINA NUNCIARONI
STEPHANY NEGRI
VERÔNICA SILVA
VITOR ALVES
VITOR DANIEL
As classes sociais em Marx: contradição e dialética.
A ideologia em geral, em especial a alemã. In: A Ideologia Alemã.
Trabalho sobre a Ideologia Alemã, Karl Marx
e Friedrich Engels, referente as ementas apre-
sentadas na aula de Sociologia, como parte
dos requisitos necessários à obtenção da nota
bimestral.
Professor(a): VINICIUS KASSOUF
Disciplina: Sociologia
Turma: 2ºA
MONTE ALEGRE DO SUL
2022
Sumário
FEUERBACH ........ccccccccccccccccraarea 5
(Junho de 1846)... lc 5
FEUERBACH (INTRODUÇÃO) ............cccc. 6
(Junho de 1846)... lc 6
A ideologia em geral, em especial filosofia alemã ........... 6
FEUERBACH: FRAGMENTO 1............000000000.0. 10
(De junho a meados de julho de 1846)... ......cccccc. 10
FEUERBACH: FRAGMENTO 2. ............0002 cc. 12
(De junho a meados de julho de 1846)... ....cccccc. 12
CONCEUDÃO « cusrcsissasricisgaesREssRSAREAS 14
BIBLIOGRAFIA cscaa ss suma a du sa E Sd ia ada 15
1 FEUERBACH
A. A IDEOLOGIA EM GERAL, EM ESPECIAL ALEMÃ.
1.1 (Junho de 1846)
O ponto de partida da reflexão Marxiana é um questionamento a respeito de como
os ideólogos alemães, portanto, os teóricos alemães, analisavam o desenvolvimento da
Alemanha naquela primeira metade do século XIX. Neste sentido, Marx e Engels dirão:
“Conforme anunciam os ideólogos alemães, a Alemanha teria passado nos últimos anos
por uma revolução sem igual.“ Por meio dessa afirmação, eles começam a apresentar
quais seriam as transformações que, no entender desses teóricos, teriam ocorrido na
Alemanha. Segundo Marx e Engels, a "luz“ do que apresentam os ideólogos alemães seria
a transformação do processo de decomposição do sistema hegeliano, que foi acompanhado
pela formação de poderosos impérios, que logo pereceram para possibilitarem o surgimento
e desaparecimento de heróis.
Uma revolução diante da qual a Revolução Francesa não passou de um brinquedo
de criança. Mudanças tão profundas, de tal modo que, em três anos, isto é, de 1842-1845,
revirou-se mais o solo da Alemanha do que nos três séculos anteriores. No entanto, essa
descrição que Marx e Engels fazem a respeito de “supostas transformações” que teriam
ocorrido na Alemanha, na verdade, é uma ironia, ou seja, eles estão ironizando o que os
ideólogos diziam a respeito do próprio país.
2 FEUERBACH (INTRODUÇÃO)
2.1 (Junho de 1846)
1. A IDEOLOGIA EM GERAL, EM ESPECIAL ALEMÃ.
É em razão disso, que eles vão concluir este raciocínio dizendo: “Entretanto, a
descrição que fazem não passa, nada mais nada menos, do que algo que teria ocorrido no
terreno do pensamento puro.”
Neste sentido, o pensamento puro são as ilusões produzidos pelo pensamento
da vida cotidiana e que conduzem a realidade concreta, portanto, na realidade existente,
atributos que ainda não se fazem presentes naquela realidade, a não ser atributos que se
fazem presentes apenas no campo da vontade, no campo do pensamento descolado da
verdade. Dessa forma, os ideólogos alemães, na leitura de Marx e Engels, tenderam a tratar
de uma realidade que ainda não havia amadurecido na Alemanha, pois não analisavam a
realidade alemã a partir de sua real base material. Por outras palavras, os ideólogos não
observavam empiricamente a realidade que viviam tal como era, mas apenas a olhavam de
maneira que fosse possível extrair interpretações que eram mais ligadas aos seus desejos
subjetivos do que traduziam a própria realidade existente.
22 Aideologia em geral, em especial filosofia alemã
É a partir deste ponto que haverá a afirmação de Marx de que o caminho a ser
seguido, deve ser o caminho inverso. Ou, nos dizeres de Marx e Engels, “Os pressupostos
de que partimos não são arbitrários, dogmas, mas pressupostos reais, de que só se pode
abstrair na imaginação.” O ponto de partida que eles adotaram não é um ponto de partida
escolhido sem levar em consideração a própria realidade existente, não surgiu em suas
cabeças o ponto inicial, muito menos de uma consciência descolada do real. Pelo contrário,
os pressupostos, portanto, o ponto de partida, são reais, dos quais só pode se desconsiderar
no plano da imaginação, e, consequentemente, dirão que é impossível se livrar destes
pressupostos, ou do reconhecimento de que as ideais são frutos das condições materiais
de existência. Esta é a primeira grande virada que Marx e Engels apresentam em relação
ao pensamento, até então, dominante na Alemanha.
O que existe não é fruto do pensamento, mas, as ideias existes, são a expressão,
mais ou menos, ideal no plano da consciência das relações sociais verdadeiras existentes
em um determinado momento.
Eles observaram que quando adota-se este pressuposto, assim sendo, olhar para
as condições existentes, a primeira coisa que se é levado a observar é que a base, o
pressuposto, de toda a história humana, portanto, pressuposto do mundo dos homens, ou
das relações sociais são condições bastante concretas, e estas condições concretas são
as seguintes: a existência de indivíduos humanos vivos, o que coloca o investigador da
Capítulo 2. FEUERBACH (INTRODUÇÃO) 9
O crescimento da população e a divisão social produzem no interior do gênero
humano uma outra consequência, que é a chance do intercâmbio de produtos excedentes
entre territórios distintos. Marx fala sobre as Nações, mas sabe-se que elas se constituem
tardiamente. Isso não anula o fato de que ao produzirem excedentes, portanto, ao produ-
zirem valores de uso, que eram superiores às suas necessidades de consumo imediato,
criou-se a possibilidade também de estabelecer-se a troca do excedente. Graças a isto,
torna-se possível explicar o intercâmbio existente entre as nações.
3 FEUERBACH: FRAGMENTO 1
3.1 (De julho a meados de julho de 1846)
Dirão Marx e Engels, “As relações entre diferentes nações dependem do ponto até
onde cada uma delas tenha desenvolvido suas forças produtivas, a divisão do trabalho e o
intercâmbio interno” Não é apenas a relação de uma nação com outras, como também toda
estrutura interna da nação que depende do nível de desenvolvimento de sua produção e de
seu intercâmbio interno e externo. O ponto em que as forças produtivas de uma nação estão
desenvolvidas é mostrado de modo mais claro pelo grau de desenvolvimento da divisão do
trabalho, isto significa, que essa divisão implica em uma divisão mais acentuada das tarefas.
Não se tem mais os indivíduos realizando a mesma tarefa, mas começam a surgir seres
dedicados a tarefas distintas, como a agricultura, produção de instrumentos de guerras,
comercialização etc. Essas atividades vão se tornando independentes entre si, ainda que
integradas no todo que constitui um determinado modo de produção.
Nesse sentido, falarão: “As diferentes fases de desenvolvimento da divisão do
trabalho significam outras tantas formas diferentes da propriedade; quer dizer, cada nova
fase da divisão do trabalho determina também as relações dos indivíduos uns com os outros
no que diz respeito ao material, ao instrumento e ao produto do trabalho.” Este é um ponto
ao qual Marx e Engels chamarão a atenção, e este ponto é fundamental para que eles
possam explicar os vários meios de produção existentes ao longo da história. Quanto mais
a divisão social do trabalho se desenvolve, mais vai constituindo-se uma maneira distinta de
organizar-se a produção e reprodução da vida social.
A divisão social do trabalho implica, também, formas diferentes de relacionamento
com a propriedade, dos quais os diversos modos de produção formam um exemplo. Os
autores vão reconhecer a existência no interior do desenvolvimento da humanidade, do
modo de produção comunal primitivo, do modo de produção escravista, do modo de pro-
dução feudal, do modo de produção capitalista e, da possibilidade futura, de um modo de
produção comunista.
A partir deste ponto, Marx e Engels vão descrever o caráter das várias formas de
propriedade. Mas, o que interessa é que a partir da descrição que eles realizam, conclui-se
as várias formas de propriedade e pressupõe, também, a existência de muitos modos
concretos de relação dos indivíduos com o mundo. Individualmente e socialmente.
“Indivíduos determinados, que são ativos na produção de determinada maneira, con-
traem entre si estas relações sociais e políticas determinadas. A observação empírica tem
de provar, em cada caso particular, empiricamente e sem nenhum tipo de manifestação ou
especulação, a conexão entre a estrutura social e política e a produção: Por outras palavras,
é a partir da base material que podemos explicar as manifestações superestruturais que
surgem ao longo da história, como a política, religião, o Estado, as instituições etc.
Capítulo 3. FEUERBACH: FRAGMENTO 1 11
Sendo assim, essas manifestações não aparecem do nada, a religião não nasce
do nada, o Estado não nasce do nada, a política não nasce do nada, pelo contrário, eles
são resultados de determinados desenvolvimentos históricos, que apenas são possíveis de
serem explicados caso não deixemos, um minuto sequer, de contemplar a base material a
partir do qual eles surgiram.
Quanto mais a vida social se desenvolveu, mais ela produziu estruturas complexas
e com essas estruturas, produziu a possibilidade do campo das mistificações sociais. É a
partir dessa complexidade desenvolvida que eles situarão a possibilidade da existência do
pensamento puro, que eles criticaram anteriormente.
Apesar disso, é a partir do reconhecimento da base material que se torna possível
dissolver essas ilusões de que os pensamentos brotam de si mesmos. Desse modo, é a
partir da consideração da base material que se dissolve a ilusão do pensamento puro.
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5 CONCLUSÃO
Concluindo estes excertos, Marx e Engels dizem que esta maneira de pensar, ou
seja, esta maneira pela qual não se abandona um minuto sequer das condições materiais
de existência, é a maneira adequada de se pensar a realidade. Desde que se desconsidere
a base material que fundamenta as relações de sociabilidade entre os homens, perde-se a
possibilidade de compreender adequadamente o que estes homens são, individualmente e
socialmente, dentro de certas relações sociais de produção. A adoção desses pressupostos
que abre o caminho para que a história deixe de ser uma coleção de fatos mortos, ou uma
ação imaginária de sujeitos irreais, como era o caso das ideias elaboradas pelos teóricos
alemães e idealistas.
Marx e Engels encerram estes fragmentos. com a seguinte afirmação: “Ali onde
termina a especulação, na vida real, começa também, portanto, a ciência real, positiva,
a exposição da atividade prática, do processo prático de desenvolvimento dos homens.
As fraseologias sobre a consciência acabam e o saber real tem de tomar o seu lugar. A
filosofia autônoma perde, com a exposição da realidade, seu meio de existência.” Perde
com a exposições das condições concretas e reais das quais vivem os homens, o seu meio
de existência. Portanto, não há como o pensamento puro se sustentar quando se analisa
ontologicamente as condições materiais de existência.
No lugar dessa filosofia autônoma, pode aparecer, no máximo, um compêndio dos
resultados imaginais. Uma realidade, que, no entanto, estará separada da história real, será
apenas uma descrição da realidade. Uma história, um pensamento que não teria nenhum
valor, a não ser aquele que servir para facilitar a ordenação do material histórico, para
indicar a sucessão de seus estratos singulares, mas, de forma alguma, oferece base na
qual as épocas históricas possam ser classificadas. Com isso, eles querem dizer que é
possível se observar a realidade e coletar uma série de informações sobre a realidade, mas,
se estas informações não forem pensadas à luz das condições materiais nas quais aquela
realidade se desenvolve, a única coisa que se terá é uma coleção de informações sem
utilidade fundamental para se compreender o que é o ser social.
Os autores, por exemplo, se apoiarão bastante nos dados empíricos fornecidos
pelos filósofos, historiadores e geógrafos, mas eles vão dar uma base material para mostrar
como aqueles elementos coletados não são elementos que nasceram ao acaso. São
elementos que são articulados a determinados períodos do desenvolvimento histórico.
Então, o material empírico é sempre fundamental, mas precisa estar articulado as condições
materiais existentes.
São estas as reflexões que Marx e Engels apresentam nestes fragmentos.
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6 BIBLIOGRAFIA
Diferencia entre la filosofia de la naturaleza según Demócrito e según
Epicuro. 2º Ed. Caracas: Dirección de Cultura de la Universidad Central de Venezuela,
1997.
Crítica da filosofia do direito de Hegel. São Paulo: Boitempo, 2005.
COUTINHO, C.N. Marxismo e política: a dualidade de poderes e outros ensaios. São
Paulo: Cortez, 1996.
Dialética marxista, dialética hegeliana: a produção capitalista como circulação sim-
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FERNANDES, Florestan (org). Marx e Engels: história. São Paulo: Ática, 1983.
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De Hegel a Marx. La Scuola hegeliana. Il giovane Marx. 2. Ed. Milano: Feltrinelli
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